Seleção obtém vantagem de 14 pontos no 1º tempo, mas não contém rival

Após a derrota de ontem, time de Lula precisa derrotar hoje o Uruguai para disputar contra argentinos semifinal de Pré-Olímpico nos EUA

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção masculina de basquete perdeu ontem para a Argentina, após prorrogação, por 86 a 79, no Pré-Olímpico de Las Vegas. Foi a terceira derrota do país nos últimos quatro jogos.
Ao contrário do que chegou a anunciar, o técnico argentino Sérgio Hernández não iniciou o jogo com reservas. Além da rivalidade, o duelo pouco valia para sua equipe, já classificada. O Brasil iniciou o jogo com boa movimentação no ataque.
Livre para arremessar e com várias opções, a seleção tinha bom aproveitamento nos arremessos de três pontos -75% de acerto no primeiro tempo. Displicentes no ataque, os argentinos perdiam muitas bolas em passes e arremessos defeituosos, não conseguindo se livrar da marcação brasileira. O primeiro tempo acabou com vantagem nacional (42 a 28).
No terceiro quarto, porém, a seleção ficou sem Leandrinho, seu principal pontuador. O armador cometeu a quarta falta, e o técnico Lula foi obrigado a colocá-lo no banco, para preservá-lo para o fim do confronto. A Argentina aproveitou o fato de o Brasil perder seu ímpeto ofensivo para iniciar a reação.
Os tiros de longa distância começaram a cair. Além disso, o time cavava faltas na defesa brasileira, beneficiando-se dos lances livres. O pivô Scola, cestinha do jogo, marcou 13 de seus 23 pontos desse jeito.
No último quarto, a seleção estagnou. A Argentina mostrou defesa aguerrida, inibindo os tiros dos brasileiros, que não conseguiam arremessar.
No final do período, o Brasil vencia por 71 a 66, mas cedeu o empate, graças aos lances livres. Tiago Splitter, após fazer a quinta falta, deixou a quadra.
Mesmo assim, a seleção ainda teve o último ataque para definir a vitória. Mas o time não conseguiu se desmarcar. Sem opção, Leandrinho arriscou tiro de longe, acertando o aro. Na prorrogação, a Argentina obteve ligeira vantagem e só administrou o placar até o fim.
Hoje, o Brasil fecha a participação na segunda fase contra o Uruguai, seu rival ideal. Em Pré-Olímpicos, o adversário nunca bateu a seleção -foram sete jogos. Contra nenhum dos 19 países que já enfrentou em seletivas olímpicas a seleção tem retrospecto tão favorável.
Não bastasse isso, o Uruguai tem colecionado reveses nos últimos jogos -vem de derrotas para Canadá e Venezuela. Ontem, jogaria contra os EUA. Se vencer o Uruguai, o Brasil garante o terceiro lugar e deve enfrentar na semifinal, no sábado, a Argentina, que hoje encerra sua participação na segunda fase contra os EUA.
Se cair diante dos uruguaios, a seleção brasileira pode até ficar fora das semifinais da competição, dependendo dos outros resultados da rodada.