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FUTEBOL
Empresário do jogador argentino e presidente de clube reforçam a tese de terceiro doping por uso de drogas
Maradona consome cocaína, diz médico
FERNANDO GODINHO
de Buenos Aires
O uso de cocaína é, até agora, a
causa mais provável pelo terceiro
caso de doping carreira de Diego
Armando Maradona, maior jogador argentino de todos os tempos.
As suspeitas foram reforçadas
por declarações do presidente do
Boca Juniors (clube de Maradona), Maurício Macri, seu empresário, Guillermo Coppola, e do seu
médico particular, Alfredo Cahe.
"Maradona vinha com um consumo casual de cocaína. Mas não
era nenhum tipo de consumo
compulsivo", declarou Cahe.
"O boato é que pode ser coca",
disse Macri, afirmando não saber
qual é a substância encontrada nas
amostras de urina do jogador pela
Associação de Futebol Argentino.
"Não são substâncias para melhorar o seu rendimento físico",
afirmou, por sua vez, Coppola.
Melhor amigo do atleta, o empresário já chegou a ser preso, em
outubro do ano passado, por causa das investigações sobre seu suposto relacionamento com o tráfico internacional de cocaína.
Na época, a polícia encontrou
meio quilo da droga em sua casa.
Droga não confirmada
A AFA informou apenas que foram encontradas substâncias consideradas "proibidas".
A contraprova -que confirma
ou retifica o resultado já divulgado- será realizada até quarta.
Se for comprovado o uso de cocaína, o caso do jogador pode ser
levado à Justiça argentina.
A amostra de urina de Diego Maradona foi recolhida no início da
noite do último domingo, após a
vitória sobre o Argentinos Jrs.
O contrato de Maradona prevê
que ele seja submetido a um teste
antidoping pelo próprio clube antes de cada jogo. O médico da equipe, Arnoldo Albero, disse ontem
que o teste foi feito às 10h30 do domingo e não acusou a presença de
qualquer substância proibida.
Capitão do Boca desde o seu último regresso ao clube -há quase
dois meses-, Maradona nada declarou ontem. Segundo Macri, ele
está em casa, "deprimido".
Futuro
A AFA já aplicou uma suspensão
temporária em Maradona até que
o resultado da contraprova seja divulgado. O jogador será julgado
pelo Tribunal de Disciplina da entidade e está sujeito a uma pena entre um e cinco anos de suspensão.
Com 36 anos de idade, essa pena
poderá significar o fim da sua carreira como jogador profissional,
iniciada há quase 21 anos.
"Como torcedor, tinha a expectativa de que Maradona levasse o
Boca Juniors à vitória, mas isso dificilmente vai acontecer", admitiu
ontem o presidente do clube.
Com agências internacionais
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