São Paulo, sexta-feira, 30 de outubro de 2009

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AÇÃO

O surfe brasileiro agradece


Após ser o principal circuito nacional por dez anos, o SuperSurf vai para o Mundial e o Brasileiro tem novo dono

CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

DEZ ANOS de surfe, de SuperSurf. Quando o circuito brasileiro ganhou a marca superlativa, ele vinha tão mal das pernas que a mudança, mesmo sob suspeita, foi bem recebida pelos atletas.
A desconfiança vinha do fato de o novo organizador do circuito ser um "outsider", um grupo de comunicação e não alguém da indústria.
Na verdade, nesse período, nem havia um circuito. O campeão brasileiro era definido a partir dos resultados das etapas do WQS disputadas no Brasil, formato no qual os atletas do circuito mundial levavam vantagem sobre os que só competiam no país. Foi, portanto, uma mudança significativa a entrada da Abril.
Passados os anos de incerteza, o circuito nacional se consolidou, entrou no radar internacional, e a ASP, responsável pelo Mundial, proibiu a participação de brasileiros do Tour no SuperSurf. Mas os atletas tinham então uma boa opção no país, maior visibilidade, prestígio, prêmios razoáveis, sentiam-se valorizados.
Esse ciclo está chegando ao fim. Nesta semana, está sendo disputada no Rio a última etapa do Brasileiro com a bandeira SuperSurf. "Conquistamos credibilidade, mas, passada a fase do namoro, veio o casamento e, com o tempo, os problemas", analisa Evandro Abreu, diretor do circuito, referindo-se às divergências sobre o formato das provas entre a organização e os atletas.
Mas tudo indica que o surfe nacional sairá ganhando depois dessa década de experiência. O SuperSurf transforma-se num circuito isolado, com quatro provas de quatro a seis estrelas do WQS, já a partir de 2010.
As provas serão em Florianópolis, Ubatuba, Maresias e Rio. Ao final do minicircuito, haverá uma premiação adicional, um carro ou R$ 100 mil, para quem somar mais pontos.
O campeão brasileiro continuará a ser definido num circuito, cujo formato foi a principal pauta da reunião do conselho -formado por atletas e federações- nesta semana no Rio. A organização ficará a cargo da Max Sports, responsável também pelo MegaRampa e pelo Rei e Rainha da Praia. A comercialização caberá à Brasil 1, do Grupo ABC.

MUNDIAL DE SURFE - WCT
De dez candidatos ao título antes da etapa em Portugal restam só dois. Mick Fanning venceu pela terceira vez, e seu único rival na decisiva etapa de Pipeline será Joel Parkinson. Mineirinho é o terceiro.

MUNDIAL DE LONGBOARD
Vai até amanhã, em Pasta Point, nas Ilhas Maldivas, a decisão do circuito mundial. O australiano Harley Ingleby lidera o ranking, e Phil Rajzman (4º) é o melhor brasileiro.

BRASILEIRO DE SURFE
Na categoria feminina, 12 das 16 competidoras têm chances de chegar ao título na prova do Rio. No masculino, são oito de 46 atletas.

sarli@trip.com.br


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