DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos era mais uma vez o favorito absoluto. Afinal, já havia triunfado nas cinco edições anteriores da Taça Brasil.
Liderado por Pelé, o time da Vila Belmiro reinava também no Estadual paulista na década de 60, perdera apenas para a poderosa academia palmeirense, em 1963 e 1966. Não havia, então, motivo para temer o Cruzeiro, que jamais levantara um troféu nacional. Em 1966, o clube ainda não conquistara prestígio fora de seu Estado.
No primeiro duelo, no Mineirão, o time azul impôs ao rival uma humilhante goleada por 6 a 2. No jogo de volta, em São Paulo, a esperada vingança de Pelé e companhia naufragou.
No segundo tempo, após estarem perdendo por 2 a 0, os mineiros viraram para 3 a 2.
A equipe, que possuía em suas fileiras Tostão, Raul, Procópio, Dirceu Lopes e Piazza, ganhava seu primeiro título da Taça Brasil, o mais importante torneio do país na época.
A decisão de 1966, a única na história entre cruzeirenses e santistas, lembra, em várias de suas nuances, a corrida final no Brasileiro-2003. Assim como em 1966, o Cruzeiro persegue título inédito. O Santos é o atual campeão. A diferença é que agora não terá final.


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