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JUCA KFOURI
Ficou fácil para o Mengo
Após passear em Campinas contra um Corinthians em greve, o Fla tem o rival do Inter pela frente, no Rio
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O HEXACAMPEONATO brasileiro do Flamengo depende só
dele e da repetição do que
houve ontem no Brinco de Ouro da
Princesa, quando o rival de São Paulo e Palmeiras quase nada fez para
tentar vencê-lo, ao contrário.
Nem esboçar defesa o goleiro corintiano Felipe esboçou no pênalti
que valeu o segundo gol carioca, provavelmente porque além de São
Paulo e Palmeiras, o Inter, que o
próprio Felipe acusou um dia de ter
feito corpo mole diante do Goiás para rebaixar o Corinthians, seria o
maior beneficiado.
Depois de um primeiro semestre
exemplar, o alvinegro termina o ano
de maneira vexaminosa, por mais
que seus torcedores no estádio tenham aplaudido o resultado.
O time corintiano se comportou à
altura de seu alto comando, às portas do ano do centenário.
Agiu como se estivesse em greve
ou, no mínimo, em operação padrão,
de maneira lamentável.
Como foi lamentável a atuação do
São Paulo em Goiânia, quando teve a
bola nos pés a maior parte do tempo,
o que lhe rendeu dois gols no Goiás,
mas quatro em sua rede, o que dá a
medida de sua ineficácia. Não faltaram suor, insistência e fé, mas faltou
o futebol que poderia dar o heptacampeonato que escapou miseravelmente nas duas últimas rodadas.
Porque esperar agora que o Grêmio, com uma das piores campanhas fora de casa deste Brasileirão,
se mate no Maracanã para derrotar
o Flamengo e dar o título ao Inter,
que tem o Santo André no Beira-Rio,
é como acreditar em Papai Noel.
Ainda mais com reservas, como
anuncia a gente gremista, em outra
atitude deplorável no país que sediará a Copa de 2014.
Quem viu Arsenal x Chelsea e Barcelona x Real Madrid sabe do que se
está falando aqui.
O hexacampeonato nacional está
muito perto do Flamengo, que tinha
até ontem em Adriano a peça mais
importante de sua campanha, mas
que passou a ter em Petkovic mesmo a chave do seu sucesso, porque
enquanto o Imperador queimava o
calcanhar, o sérvio desfilava competência na hora agá.
Ainda ontem esta coluna terminava com o desejo de ver o Flamengo
campeão e a explicação é simples,
embora a direção rubro-negra não
mereça mais esta taça: para o futebol
brasileiro será bom a interrupção da
hegemonia, quase sinônimo de monopólio, do tricolor.
Bom até mesmo para que o São
Paulo não se acomode em sua inconteste superioridade.
Ser campeão novamente seria
muito mais pela fragilidade dos outros do que pela sua força neste ano
de 2009. E a conquista do Flamengo
significará apenas mais uma das façanhas de uma camisa e de uma torcida que são capazes de milagres
inexplicáveis, como já aconteceu,
por exemplo, em 1992, o ano do pentacampeonato.
Milagre como o do Fluminense,
que não tem nem a massa nem as
glórias do rival, mas que faz por disputar com ele quem será mais notícia no fim da temporada.
Porque se, de fato, o Flu ao menos
empatar com o Coritiba, em Curitiba, e escapar, o feito será para comemorar até com volta olímpica.
Tomara que a direção tricolor não
queira revanche contra a LDU.
Dane-se a Copa Sul-Americana!
blogdojuca@uol.com.br
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