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Banco cede camisas a mensagens institucionais
da Reportagem Local
Com o intuito de desvincular totalmente a empresa do futebol, o
banco Bilbao Vizcaya deve ceder
as camisas dos times que tem contrato de patrocínio em vigência
com o Excel, de quem adquiriu os
direitos acionários, à inscrição de
mensagens institucionais.
O Excel, que entrou no futebol
no início de 97 patrocinando o Corinthians e o Vitória, também tem
contrato em vigência com o Botafogo e o América-MG.
Em relação ao time baiano, o
banco espanhol entrou em acordo
com a prefeitura local e a camiseta
do Vitória deve receber no ano que
vem a inscrição "Salvador, 450
anos", em referência ao aniversário da capital baiana.
O banco entende que a vinculação de seu nome a um clube de futebol contraria a estratégia de marketing que pretende adotar e a inscrição do nome na camisa deixaria
o banco "refém" dos clubes.
O patrocínio do banco ao Corinthians termina em janeiro. Com o
time baiano, o contrato vale até janeiro de 2000. Em julho de 99, terminam os contratos com o Botafogo e o América-MG.
O banco espanhol pretende usar
toda a verba que era revertida ao
futebol em eventos sociais e culturais. Anualmente, pelo contrato
com o Corinthians, o banco despendia US$ 6 milhões. O time baiano recebe US$ 2 milhões anuais, o
América-MG, US$ 1,6 milhão, e o
Botafogo não divulga os valores.
Em reforços, apenas no primeiro
ano no Corinthians, o Excel gastou
mais de US$ 20 milhões.
O Bilbao ainda estudou a manutenção de contratos de patrocínio
com equipes de futebol. A única
saída, segundo um diretor do banco, que não quis se identificar, seria adotar o plano que a Parmalat
instituiu neste ano, com a aquisição de um clube próprio.
A empresa, co-gestora do Palmeiras, assumiu em maio o controle do Lousano Paulista Futebol
Clube, de Jundiaí, e transformou-o
em um clube-empresa com o nome de Etti Jundiaí Futebol Ltda.
O banco entende que necessitaria adquirir um clube que funcionaria como revelador e fornecedor
de atletas para os times de maior
expressão sob seu patrocínio, para
não ficar com imagem de especuladora de jogadores, atuando apenas na compra e venda de atletas.
Além de ceder o nome a mensagens institucionais, o banco não
descarta a venda do espaço a empresas interessadas, como fez recentemente com o Corinthians.
Nas partidas decisivas do Campeonato Brasileiro, contra o Cruzeiro, o time de Wanderley Luxemburgo entrou em campo com
o logotipo da Embratel, divulgando a campanha DDD. Mas a tendência é a cessão do espaço, que
serviria também como uma política de boa vizinhança.
Além disso, nessa estratégia de
deixar paulatinamente o futebol, o
banco tentará até janeiro de 2000,
quando termina o último contrato
com clube de futebol, vender os jogadores que lhe pertencem.
No Corinthians, quatro jogadores tem o passe vinculado ao banco: Edílson, Gamarra, Vampeta e
Wilson Mineiro.
(LCP)
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