São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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Repetitivo, São Paulo bate o Rio Claro

Time segue cartilha de Muricy Ramalho de testar exaustivamente várias jogadas e assume vice-liderança

São Paulo 3
Rio Claro 1

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Muricy Ramalho é um técnico que privilegia a repetição de jogadas, valoriza o treinamento intenso. Ontem, o São Paulo encarnou esse espírito repetitivo diante do frágil Rio Claro.
Mas os três pontos em casa e a vice-liderança só foram salvos quando o rei dos cruzamentos tricolores, Jorge Wagner (26 contados pelo Datafolha), acertou um tiro de longa distância no ângulo, aos 38min do segundo tempo. No fim, com mais tranqüilidade, Hernanes completou o placar, aos 48min, num rebote dentro da área.
O torcedor também viu o primeiro gol de Adriano no Morumbi. A vergonha foi amargar o time conceder aos rivais a segunda conclusão na partida num pênalti tão acidental quanto tolo: num carrinho, Miranda desviou a bola com a mão. Vieira converteu para os "Bleus" de Rio Claro.
Mesmo com as tradicionais variações táticas de Muricy Ramalho, com Joilson caindo pelo meio, Hernanes e André Dias aparecendo no flanco direito e Richarlyson e Jorge Wagner se revezando, a equipe não conseguiu escapar de uma previsibilidade angustiante.
No primeiro tempo, o São Paulo cruzou até nausear. Segundo o Datafolha, foram 27 bolas postas na área do Rio Claro -por jogo, neste Paulista, o time do Morumbi tinha média de 32,5 bolas alçadas. Até o fim da partida, foram 50. Jorge Wagner era o principal levantador de bolas, em busca da impulsão de Adriano.
O resto foi uma bela cobrança de falta de Rogério, do lado oposto ao da barreira. O São Paulo controlou a primeira etapa, teve mais volume e perigo (11 conclusões contra três).
A reclamar, um empurrão do goleiro Luiz Henrique em Adriano, que caiu e pediu pênalti, negado pela arbitragem.
No segundo tempo, o São Paulo voltou com disposição para seguir cruzando bolas para um Adriano cuja solidão comoveria até o mais fanático torcedor do Rio Claro.
O time do interior paulista se segurava como podia, cortando a chuveirada que os tricolores impunham constantemente. E só quando jogou pelo chão o São Paulo conseguiu sua primeira chance no segundo tempo. Numa bola rolada por Joilson, Jorge Wagner chutou de trivela dentro da área, mas errou na força e na direção. Depois, foi a vez de Hugo chutar de fora da área, obrigando Luiz Henrique a fazer bela defesa.
Desse escanteio, saiu a jogada do gol. Jorge Wagner recebeu, alçou pela direita, e Adriano, enfim, ganhou nas alturas, cabeceando firme. Eram 15min, e o time ganhava mais crédito, apesar da atuação que pouco traduzia seu domínio. Até deu, mas o São Paulo ficou devendo acerto ontem.
No sábado, o invicto time de Muricy pega a Ponte Preta, líder do Paulista, em Campinas.


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