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Repetitivo, São Paulo bate o Rio Claro
Time segue cartilha de Muricy Ramalho de testar exaustivamente várias jogadas e assume vice-liderança
São Paulo 3
Rio Claro 1
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Muricy Ramalho é um técnico que privilegia a repetição de
jogadas, valoriza o treinamento
intenso. Ontem, o São Paulo
encarnou esse espírito repetitivo diante do frágil Rio Claro.
Mas os três pontos em casa e
a vice-liderança só foram salvos
quando o rei dos cruzamentos
tricolores, Jorge Wagner (26
contados pelo Datafolha), acertou um tiro de longa distância
no ângulo, aos 38min do segundo tempo. No fim, com mais
tranqüilidade, Hernanes completou o placar, aos 48min,
num rebote dentro da área.
O torcedor também viu o primeiro gol de Adriano no Morumbi. A vergonha foi amargar
o time conceder aos rivais a segunda conclusão na partida
num pênalti tão acidental
quanto tolo: num carrinho, Miranda desviou a bola com a
mão. Vieira converteu para os
"Bleus" de Rio Claro.
Mesmo com as tradicionais
variações táticas de Muricy Ramalho, com Joilson caindo pelo
meio, Hernanes e André Dias
aparecendo no flanco direito e
Richarlyson e Jorge Wagner se
revezando, a equipe não conseguiu escapar de uma previsibilidade angustiante.
No primeiro tempo, o São
Paulo cruzou até nausear. Segundo o Datafolha, foram 27
bolas postas na área do Rio Claro -por jogo, neste Paulista, o
time do Morumbi tinha média
de 32,5 bolas alçadas. Até o fim
da partida, foram 50. Jorge
Wagner era o principal levantador de bolas, em busca da impulsão de Adriano.
O resto foi uma bela cobrança de falta de Rogério, do lado
oposto ao da barreira. O São
Paulo controlou a primeira etapa, teve mais volume e perigo
(11 conclusões contra três).
A reclamar, um empurrão do
goleiro Luiz Henrique em
Adriano, que caiu e pediu pênalti, negado pela arbitragem.
No segundo tempo, o São
Paulo voltou com disposição
para seguir cruzando bolas para um Adriano cuja solidão comoveria até o mais fanático torcedor do Rio Claro.
O time do interior paulista se
segurava como podia, cortando
a chuveirada que os tricolores
impunham constantemente. E
só quando jogou pelo chão o
São Paulo conseguiu sua primeira chance no segundo tempo. Numa bola rolada por Joilson, Jorge Wagner chutou de
trivela dentro da área, mas errou na força e na direção. Depois, foi a vez de Hugo chutar
de fora da área, obrigando Luiz
Henrique a fazer bela defesa.
Desse escanteio, saiu a jogada do gol. Jorge Wagner recebeu, alçou pela direita, e Adriano, enfim, ganhou nas alturas,
cabeceando firme. Eram
15min, e o time ganhava mais
crédito, apesar da atuação que
pouco traduzia seu domínio.
Até deu, mas o São Paulo ficou
devendo acerto ontem.
No sábado, o invicto time de
Muricy pega a Ponte Preta, líder do Paulista, em Campinas.
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