São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

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JUCA KFOURI

APO Meirelles


Só a intenção de fazer do ex--presidente do Banco Central chefe da Rio-16 já é um ótimo sinal


A INDICAÇÃO de Henrique Meirelles para ser a Autoridade Pública Olímpica, como informa Lauro Jardim, de "Veja", é tiro certeiro da presidenta Dilma Rousseff contra atrasos e superfaturamentos.
Tiro que acerta em Carlos Nuzman, que terá de negociar com quem não precisa de um tostão do esporte, além de ter incomparável prestígio internacional e não ser da curriola esportiva, que teme ou bajula, na imprensa, inclusive, o cartola.
Tiro em Orlando Silva Jr., que alimentou a ilusão de vir a ser a APO e que agora, com dificuldade até para marcar audiência com a presidenta, porque imposto pelo PC do B no cargo de ministro do Esporte, vira figura decorativa na Rio-16.
Mesmo a dupla Sérgio Cabral/Eduardo Paes deve estar com um certo amargor na boca.
E o ex-presidente Lula só pode apoiar a indicação de alguém que ele manteve por oito anos no Banco Central, embora quase o tenha trocado por Luiz Gonzaga Belluzzo (!), o que só não se consumou por ter explodido o escândalo do mensalão.
Seria excelente se medida semelhante fosse adotada em relação à Copa do Mundo no Brasil, providência mais difícil porque, ao contrário do COI, que estimula figuras como a APO, a Fifa prefere que tudo aconteça dentro de seu mundinho.
Seja como for, independentemente de se concordar ou não com a política de juros estratosféricos que Meirelles conduziu como o mais longevo presidente do BC, fato é que nem sua competência como gestor nem sua honestidade como homem público são contestadas, razão pela qual o país aparentemente só tem a ganhar com sua eventual nomeação que, porém, ainda terá obstáculos a superar.

TIGRE BANGUELA
Antes mesmo da eleição no Palmeiras, o Clube dos 13 deixou o alviverde de fora da comissão de negociação do novo contrato com a televisão por temer que a turma de Mustafá Contursi voltasse ao poder, como aconteceu.
Ele é tido como aliado incondicional de Ricardo Teixeira em qualquer assunto, razão pela qual se afastou de Fábio Koff para apoiar Kléber Leite.
Por paus ou por pedras, o fato é que, no primeiro encontro de Arnaldo Tirone, o novo presidente palmeirense, com Koff, quem fez questão de estar presente? Ele mesmo, Mustafá Contursi!
O que nem sequer, contudo, abalou os planos da Rede Record com vistas aos direitos do Brasileirão.

blogdojuca@uol.com.br


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