São Paulo, domingo, 31 de janeiro de 1999

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Clássico opõe "reis' da pré-temporada

da Reportagem Local

O Botafogo e o São Paulo fizeram a final do Torneio Rio-São Paulo de 98 e hoje voltam, no Morumbi, a jogar na principal competição de pré-temporada do país.
A decisão passada, com um gol polêmico do botafoguense Zé Carlos, que deu o título a sua equipe, ficou para trás.
Os dois times buscam esquecer 1998, afinal, o ano começou bem para ambos (botafoguenses, como vencedores do Rio-São Paulo, e são-paulinos, como campeões paulistas), mas fechou mal (terminaram com 14º e 15º, respectivamente, no Brasileiro).
Em 1999, outra vez eles partem bem. Prova disso é a invencibilidade nas duas primeiras rodadas do Rio-São Paulo.
Por seu lado, o Botafogo chega com o cartaz de ter dez gols em dois jogos -6 a 1 sobre o Corinthians e 4 a 4 com o Flamengo.
Já o São Paulo apresenta um retrospecto em 1999 que não conhece nem empate nos quatro jogos que disputou -Bayer Leverkusen (Alemanha), Olimpia (Paraguai), Flamengo e Corinthians.
"Uma série de vitória não pode parecer algo anormal para um time como o São Paulo. É natural. É uma obrigação", define o técnico Paulo César Carpegiani.
Para ele, porém, o time está ainda "engatinhando" no sistema tático que deseja implantar.
"Já mostrei que quero disciplina e que dou tranquilidade ao jogador. Mas a tática só é assimilada com muita insistência."
Mas o dedo de Carpegiani já está presente no lado direito, com o sistema de avanço e cobertura formado pelo lateral Zé Carlos e os meias Jorginho e Edmílson.
Este último se mostra empolgado com o resultado. "Acredito na frase "um time que consegue três vitórias seguidas é difícil de parar'. Em 1998, o time estava amarrado. Agora, existe mais conversa", afirma Edmílson.
Outra mudança de Carpegiani é a interdição do campo de treino para dirigentes e jornalistas.
"Não quero grupinhos ao lado de meu local de trabalho. Não entra nenhum diretor. Também não quero que vocês (jornalistas) me escutem xingando algum jogador e coloquem no jornal."
Quem também já faz sentir sua presença é Rubens Minelli, coordenador geral de futebol. A vinda do zagueiro Wilson e do atacante Warley, ambos do Atlético-PR, são indicações de Minelli, que atuou vários anos no Paraná.
Apesar treinar há dias, Wilson não deve estrear hoje. O time repetirá a zaga Bordon-Nem. "Ainda vou estudar como utilizar o Wilson", diz Carpegiani. Outra situação a analisar é a do volante equatoriano Carabalí, que se apresenta no dia 8, disputando uma vaga.



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