|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Rival manjado, Paraguai faz mistério
DO ENVIADO A ASSUNÇÃO
O time do Paraguai é praticamente o mesmo há quase dez
anos. Mas o técnico Aníbal Ruiz
parece ter muito o que esconder.
No seu último treino antes de
enfrentar o Brasil, os paraguaios,
que tentam disputar três Copas
seguidas pela primeira vez na sua
história, fizeram um treino secreto no Defensores del Chaco.
Horas antes de o time chegar ao
estádio, seguranças já expulsavam torcedores e jornalistas. Como o Brasil tinha treino marcado
para antes, aconteceram cenas
constrangedoras.
Até o secretário-geral da CBF,
Marco Antonio Teixeira, teve que
esperar por alguns minutos na
rua antes de ter sua entrada autorizada pelos administradores do
estádio de Assunção.
Além de práticas secretas, o Paraguai aposta no bom momento
da equipe -começou a quinta
rodada das eliminatórias como líder isolado da disputa- e mostra
total confiança em um triunfo
diante dos brasileiros.
"Sabemos que o Brasil tem
grandes jogadores, mas nossa
equipe também é formada por jogadores de grande qualidade. Por
isso, confio plenamente que podemos voltar a ganhar deles", diz
o atacante Cardozo.
Alguns jogadores dão tom patriótico ao jogo de hoje. "Ganhar
do Brasil representaria uma alegria para qualquer paraguaio que
esteja no país ou fora dele. É muito lindo o que o Paraguai vem fazendo nos jogos e esperamos que
isso se repita contra os brasileiros", disse Roque Santa Cruz, o
outro jogador de ataque da equipe paraguaia.
"Temos que ganhar do Brasil
para abrir uma boa vantagem, já
que depois desse jogo teremos
duas partidas muito difíceis, contra a Bolívia, na altitude de La Paz,
e contra a Argentina", diz o ex-corintiano Gamarra.
Sem problemas de contusão ou
lesão, o técnico Ruiz -que estreou no comando do Paraguai
com uma vitória sobre o Brasil, no
primeiro jogo após a conquista do
penta, em agosto de 2002- só
tem dúvidas táticas para o jogo.
Na meta, ele optou por Villar no
lugar de Tavarelli. A única dúvida
está no meio-campo, onde Campos é favorito por uma vaga, o que
deixaria o time, que atua no tradicional 4-4-2, mais ofensivo.
(PC)
Texto Anterior: Ingresso acaba, e partida ganha nova motivação Próximo Texto: Frase Índice
|