São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2004

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Rival manjado, Paraguai faz mistério

DO ENVIADO A ASSUNÇÃO

O time do Paraguai é praticamente o mesmo há quase dez anos. Mas o técnico Aníbal Ruiz parece ter muito o que esconder.
No seu último treino antes de enfrentar o Brasil, os paraguaios, que tentam disputar três Copas seguidas pela primeira vez na sua história, fizeram um treino secreto no Defensores del Chaco.
Horas antes de o time chegar ao estádio, seguranças já expulsavam torcedores e jornalistas. Como o Brasil tinha treino marcado para antes, aconteceram cenas constrangedoras.
Até o secretário-geral da CBF, Marco Antonio Teixeira, teve que esperar por alguns minutos na rua antes de ter sua entrada autorizada pelos administradores do estádio de Assunção.
Além de práticas secretas, o Paraguai aposta no bom momento da equipe -começou a quinta rodada das eliminatórias como líder isolado da disputa- e mostra total confiança em um triunfo diante dos brasileiros.
"Sabemos que o Brasil tem grandes jogadores, mas nossa equipe também é formada por jogadores de grande qualidade. Por isso, confio plenamente que podemos voltar a ganhar deles", diz o atacante Cardozo.
Alguns jogadores dão tom patriótico ao jogo de hoje. "Ganhar do Brasil representaria uma alegria para qualquer paraguaio que esteja no país ou fora dele. É muito lindo o que o Paraguai vem fazendo nos jogos e esperamos que isso se repita contra os brasileiros", disse Roque Santa Cruz, o outro jogador de ataque da equipe paraguaia.
"Temos que ganhar do Brasil para abrir uma boa vantagem, já que depois desse jogo teremos duas partidas muito difíceis, contra a Bolívia, na altitude de La Paz, e contra a Argentina", diz o ex-corintiano Gamarra.
Sem problemas de contusão ou lesão, o técnico Ruiz -que estreou no comando do Paraguai com uma vitória sobre o Brasil, no primeiro jogo após a conquista do penta, em agosto de 2002- só tem dúvidas táticas para o jogo.
Na meta, ele optou por Villar no lugar de Tavarelli. A única dúvida está no meio-campo, onde Campos é favorito por uma vaga, o que deixaria o time, que atua no tradicional 4-4-2, mais ofensivo. (PC)


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