São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2004

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TÚNEL DO TEMPO

Chefe da delegação nos EUA, presidente do Palmeiras repete função ao lado do mesmo estafe

Mustafá aumenta revival da Copa-94

DO ENVIADO A ASSUNÇÃO

Na turma que veste chuteira, só dois jogadores (Cafu e Ronaldo) que estavam na seleção brasileira campeã mundial em 1994, nos EUA, fazem parte do grupo que joga hoje com o Paraguai. Já no bloco que usa agasalho e ternos, a renovação é bem menor.
Quase todos os cartolas e integrantes da comissão técnica que acompanharam a seleção há dez anos continuam perto do time nacional. O último a entrar na lista foi justamente o escolhido para chefiar a delegação brasileira. Mustafá Contursi, presidente do Palmeiras, repete a função que exerceu durante três anos, entre 1993 e 1996. E, como naquela época, tem pouco a fazer.
Cargo feito para agradar a aliados da CBF, a chefia de delegação tem papel apenas figurativo. Fazem parte de suas atribuições confraternizações com cartolas adversários e o direito de acompanhar jogadores famosos em todo o planeta dentro do ônibus que transporta a seleção.
Para passar o resto do tempo, é preciso apelar a atividades turísticas e representativas. O dirigente palmeirense, por exemplo, gastava parte de seu tempo na manhã de ontem em uma perfumaria no hotel que hospeda a equipe na capital paraguaia.
Depois, foi a um almoço de confraternização com cartolas paraguaios e da Conmebol. Só no final da tarde, quando o treino já havia começado, ele se juntou ao time no estádio.
"Passei momentos importantes com a seleção, como nas eliminatórias para a Copa de 1994 e na Olimpíada de Atlanta", afirma o palmeirense sobre o tempo em que chefiou a seleção. Ele diz que sempre está pronto para atender à equipe e resolver problemas emergenciais.
Mustafá volta a estar na lista dos agraciados com o cargo depois de uma estremecida na relação com a CBF causada pelo rebaixamento de seu clube à segunda divisão do Brasileiro.
Na gestão atual de Carlos Alberto Parreira, presidentes de federações estaduais, como a de Rondônia, dirigentes maiores de clubes, como Palmeiras e Atlético-MG, e políticos, como o deputado federal Marcus Vicente (PTB-ES), já foram agraciados com a chefia da delegação.
Na sua volta à seleção, Mustafá encontra o mesmo trio que controlava o time em 1994 -Parreira, o supervisor Américo Faria e o coordenador Zagallo.
"É claro que o entrosamento com eles ajuda, mas eu faria essa função com qualquer outro. Sou um homem de fácil relacionamento", diz o cartola sobre a volta da antiga parceria. (PC)


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