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TÚNEL DO TEMPO
Chefe da delegação nos EUA, presidente do Palmeiras repete função ao lado do mesmo estafe
Mustafá aumenta revival da Copa-94
DO ENVIADO A ASSUNÇÃO
Na turma que veste chuteira,
só dois jogadores (Cafu e Ronaldo) que estavam na seleção brasileira campeã mundial em 1994,
nos EUA, fazem parte do grupo
que joga hoje com o Paraguai. Já
no bloco que usa agasalho e ternos, a renovação é bem menor.
Quase todos os cartolas e integrantes da comissão técnica que
acompanharam a seleção há dez
anos continuam perto do time
nacional. O último a entrar na
lista foi justamente o escolhido
para chefiar a delegação brasileira. Mustafá Contursi, presidente
do Palmeiras, repete a função
que exerceu durante três anos,
entre 1993 e 1996. E, como naquela época, tem pouco a fazer.
Cargo feito para agradar a aliados da CBF, a chefia de delegação tem papel apenas figurativo.
Fazem parte de suas atribuições
confraternizações com cartolas
adversários e o direito de acompanhar jogadores famosos em
todo o planeta dentro do ônibus
que transporta a seleção.
Para passar o resto do tempo, é
preciso apelar a atividades turísticas e representativas. O dirigente palmeirense, por exemplo,
gastava parte de seu tempo na
manhã de ontem em uma perfumaria no hotel que hospeda a
equipe na capital paraguaia.
Depois, foi a um almoço de
confraternização com cartolas
paraguaios e da Conmebol. Só
no final da tarde, quando o treino já havia começado, ele se juntou ao time no estádio.
"Passei momentos importantes com a seleção, como nas eliminatórias para a Copa de 1994 e
na Olimpíada de Atlanta", afirma o palmeirense sobre o tempo
em que chefiou a seleção. Ele diz
que sempre está pronto para
atender à equipe e resolver problemas emergenciais.
Mustafá volta a estar na lista
dos agraciados com o cargo depois de uma estremecida na relação com a CBF causada pelo rebaixamento de seu clube à segunda divisão do Brasileiro.
Na gestão atual de Carlos Alberto Parreira, presidentes de federações estaduais, como a de
Rondônia, dirigentes maiores de
clubes, como Palmeiras e Atlético-MG, e políticos, como o deputado federal Marcus Vicente
(PTB-ES), já foram agraciados
com a chefia da delegação.
Na sua volta à seleção, Mustafá
encontra o mesmo trio que controlava o time em 1994 -Parreira, o supervisor Américo Faria e
o coordenador Zagallo.
"É claro que o entrosamento
com eles ajuda, mas eu faria essa
função com qualquer outro. Sou
um homem de fácil relacionamento", diz o cartola sobre a volta da antiga parceria.
(PC)
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