São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 2002

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O PERSONAGEM

Adãozinho representa a ascensão azul

DA REPORTAGEM LOCAL

O meia Adãozinho é o símbolo do time do São Caetano, clube que hoje pode conquistar seu título mais expressivo de sua curta história, iniciada em 4 de dezembro de 1989. De origem humilde, nascido em Caconde (MG), o volante só começou a jogar futebol aos 17 anos, no Bragantino. Na época, ele andava 14 km para treinar e ainda trabalhava como lavrador numa fazenda em Bragança Paulista, no interior de São Paulo.
Adãozinho, 34, está no São Caetano desde janeiro de 2000, exatamente o período em que se iniciou a ascensão da equipe do ABC, com a campanha do título da Série A-2 do Paulista e, posteriormente, com o vice-campeonato da Copa João Havelange, que deu projeção nacional ao clube.
Hoje, ele fala sobre sua importância no elenco e até de uma provável disputa pelo título do Mundial interclubes, em Yokohama, contra o badalado Real Madrid de Zidane, Roberto Carlos e companhia. (FV, PGA e RB)

Folha - Você acredita que realmente é o jogador que melhor simboliza a equipe do São Caetano?
Adãozinho -
As pessoas dizem isso por causa da minha origem humilde e do meu jeito de ser, mas eu acho que tem vários outros jogadores que também representam o nosso time. Todos tem parte nisso que estamos fazendo.

Folha - Este é o melhor momento no futebol?
Adãozinho -
Vivi muitos momentos bons, mas sem dúvida, profissionalmente, este é o melhor de todos.

Folha - Você pensa em se transferir para outro clube?
Adãozinho -
No ano passado e neste ano, eu já tive muitas propostas para sair. Fui sondado por Palmeiras, Atlético-MG, Internacional, mas nunca as negociações foram concluídas.

Folha - O fracasso de jogadores que não conseguiram repetir em outros clubes o mesmo desempenho que tiveram no São Caetano motiva você a ficar?
Adãozinho -
Não é isso. Cada caso é um caso.

Folha - Você já se imaginou enfrentando o Real Madrid na decisão do Mundial interclubes em Yokohama?
Adãozinho -
Primeiro precisamos vencer a Libertadores para depois pensar nisso.

Folha - E como seria, por exemplo, você fazendo a marcação no Zidane?
Adãozinho -
Normal. Ele é um jogador de futebol. A única coisa é que ele teve mais sorte do que eu na vida.


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