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Rivais têm olhar diferente quanto aos estrangeiros
Santos insiste ainda em atletas "gringos" para deslanchar,
e São Paulo esquece o mercado externo nesta temporada
Enquanto Cuevas e Molina mantêm bem vivo o status internacional da equipe da Vila Belmiro, não resta um "forasteiro" no Morumbi
DA ENVIADA A SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo e Santos, clubes
brasileiros de maior tradição
internacional, adotaram neste
ano políticas bem diferentes no
que se refere à contratação de
jogadores estrangeiros. Enquanto o time do Morumbi ficou sem gringos em seu elenco,
o clube da Vila Belmiro segue
acreditando em forasteiros, inclusive no jogo de hoje.
Ainda no primeiro semestre,
a diretoria santista surpreendeu com um pacote estrangeiro: o chileno Sebastian Pinto, o
colombiano Molina, o equatoriano Quiñonez e o argentino
Mariano Trípodi chegaram para o então desconfiado técnico
Leão -só Molina e Quiñonez
seguem no elenco alvinegro.
O canhoto Molina chegou a
brilhar na campanha na Taça
Libertadores da América, mas
perdeu espaço no time quando
Cuca treinou a equipe. Não à
toa, o colombiano foi um dos
atletas que mais criticaram o
atual treinador do Fluminense
após a sua saída do clube.
"Estamos há três jogos sem
perder, o que é bom. A vitória
contra o Cruzeiro [2 a 0] foi a
melhor preparação que poderíamos ter para o clássico. Nesta semana, trabalhamos com
alegria", disse Molina, que ficará hoje no banco de reservas.
Ele considera o rival favorito,
mas deixa claro que o chavão
básico sobre clássicos é internacional. "O São Paulo tem o
favoritismo por atravessar um
melhor momento no Brasileiro. Mas clássico é clássico. Vamos jogar o máximo para conquistar o resultado", falou.
No ataque santista, ao lado de
Kléber Pereira estará um paraguaio: Nelson Cuevas, o mais
recente gringo a chegar ao clube do litoral sul paulista.
"Estou muito feliz pela oportunidade de estar atuando, mas
tenho que ir melhorando dia a
dia. Ainda tenho muito a oferecer para o Santos, quero melhorar cada vez mais. A parceria
com o Kléber Pereira está muito boa. Temos que pensar em
[Copa] Sul-Americana e Libertadores, pois o Santos é muito
grande", afirmou Cuevas.
Enquanto o Santos utiliza todas as vagas possíveis para estrangeiros permitidas pelas
normas da CBF, o São Paulo
tratou de dispensar o último
""forasteiro" que tinha em seu
elenco. O lateral-direito Reasco, após série de lesões, foi liberado para voltar para a LDU.
A diretoria chegou a estudar
alguns nomes internacionais,
como D'Alessandro, contratado pelo Internacional, mas a
prioridade é revelar atletas da
base -na Sul-Americana, vários garotos foram utilizados,
mas a equipe caiu nos pênaltis
diante do Atlético-PR após dois
jogos sem gols pelo torneio.
""Eu trabalho com o que tenho. Sei da dificuldade que é
trazer jogadores. Nós [diretoria
e comissão técnica] nos mexemos para conseguir trazer jogadores, mas não conseguimos. E
não fazemos loucuras para trazer atletas", falou Muricy Ramalho, técnico que perdeu nos
últimos dias o zagueiro Alex
Silva e o centroavante Aloísio.
O São Paulo pensou também
no lateral Zúniga, mas o jogador, que defendeu o Nacional
de Medellín na última Libertadores, foi para o Siena, da Itália.
Amanhã, a janela de transferências se fecha para a Europa.
A diretoria são-paulina já havia
nos últimos dias praticamente
descartado a contratação de reforços e ainda admitia a possibilidade de negociar mais atletas, como Hernanes e Miranda,
para o exterior.
(GIULLIANA BIANCONI, RODRIGO BUENO E TONI ASSIS)
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