São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2008

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Rivais têm olhar diferente quanto aos estrangeiros

Santos insiste ainda em atletas "gringos" para deslanchar, e São Paulo esquece o mercado externo nesta temporada

Enquanto Cuevas e Molina mantêm bem vivo o status internacional da equipe da Vila Belmiro, não resta um "forasteiro" no Morumbi


DA ENVIADA A SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo e Santos, clubes brasileiros de maior tradição internacional, adotaram neste ano políticas bem diferentes no que se refere à contratação de jogadores estrangeiros. Enquanto o time do Morumbi ficou sem gringos em seu elenco, o clube da Vila Belmiro segue acreditando em forasteiros, inclusive no jogo de hoje.
Ainda no primeiro semestre, a diretoria santista surpreendeu com um pacote estrangeiro: o chileno Sebastian Pinto, o colombiano Molina, o equatoriano Quiñonez e o argentino Mariano Trípodi chegaram para o então desconfiado técnico Leão -só Molina e Quiñonez seguem no elenco alvinegro.
O canhoto Molina chegou a brilhar na campanha na Taça Libertadores da América, mas perdeu espaço no time quando Cuca treinou a equipe. Não à toa, o colombiano foi um dos atletas que mais criticaram o atual treinador do Fluminense após a sua saída do clube.
"Estamos há três jogos sem perder, o que é bom. A vitória contra o Cruzeiro [2 a 0] foi a melhor preparação que poderíamos ter para o clássico. Nesta semana, trabalhamos com alegria", disse Molina, que ficará hoje no banco de reservas.
Ele considera o rival favorito, mas deixa claro que o chavão básico sobre clássicos é internacional. "O São Paulo tem o favoritismo por atravessar um melhor momento no Brasileiro. Mas clássico é clássico. Vamos jogar o máximo para conquistar o resultado", falou.
No ataque santista, ao lado de Kléber Pereira estará um paraguaio: Nelson Cuevas, o mais recente gringo a chegar ao clube do litoral sul paulista.
"Estou muito feliz pela oportunidade de estar atuando, mas tenho que ir melhorando dia a dia. Ainda tenho muito a oferecer para o Santos, quero melhorar cada vez mais. A parceria com o Kléber Pereira está muito boa. Temos que pensar em [Copa] Sul-Americana e Libertadores, pois o Santos é muito grande", afirmou Cuevas.
Enquanto o Santos utiliza todas as vagas possíveis para estrangeiros permitidas pelas normas da CBF, o São Paulo tratou de dispensar o último ""forasteiro" que tinha em seu elenco. O lateral-direito Reasco, após série de lesões, foi liberado para voltar para a LDU.
A diretoria chegou a estudar alguns nomes internacionais, como D'Alessandro, contratado pelo Internacional, mas a prioridade é revelar atletas da base -na Sul-Americana, vários garotos foram utilizados, mas a equipe caiu nos pênaltis diante do Atlético-PR após dois jogos sem gols pelo torneio.
""Eu trabalho com o que tenho. Sei da dificuldade que é trazer jogadores. Nós [diretoria e comissão técnica] nos mexemos para conseguir trazer jogadores, mas não conseguimos. E não fazemos loucuras para trazer atletas", falou Muricy Ramalho, técnico que perdeu nos últimos dias o zagueiro Alex Silva e o centroavante Aloísio.
O São Paulo pensou também no lateral Zúniga, mas o jogador, que defendeu o Nacional de Medellín na última Libertadores, foi para o Siena, da Itália.
Amanhã, a janela de transferências se fecha para a Europa. A diretoria são-paulina já havia nos últimos dias praticamente descartado a contratação de reforços e ainda admitia a possibilidade de negociar mais atletas, como Hernanes e Miranda, para o exterior. (GIULLIANA BIANCONI, RODRIGO BUENO E TONI ASSIS)


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