São Paulo, domingo, 31 de agosto de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em casa, EUA tentam encerrar jejum

Sede do torneio mais rico do circuito do tênis, país vive o mais longo período sem títulos masculinos em Grand Slams

Andy Roddick foi o último campeão americano, no Aberto dos EUA de 2003, e continua como a principal esperança de novo triunfo


FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

Maior potência do tênis, os EUA esperam que o Aberto local, o mais rico torneio do circuito, encerre o mais longo período sem títulos masculinos do país em Grand Slams.
O último americano a se sagrar campeão de um dos quatro maiores torneios do mundo foi Andy Roddick, que ganhou o Aberto dos EUA em 2003.
A edição de 2008 da disputa em Nova York é o 20º Grand Slam desde o triunfo de Roddick. O mais longo jejum anterior acabou em 1989, quando Michael Chang conquistou Roland Garros, o 17º Grand Slam após John McEnroe triunfar no Aberto dos EUA de 1984.
Além disso, os americanos podem igualar neste ano o mais longo período sem festejar um título no Grand Slam local.
Depois de 1984, quando McEnroe venceu, os americanos assistiram aos triunfos de Ivan Lendl (três vezes), Mats Wilander e Boris Becker até comemorarem o primeiro dos 14 títulos de Grand Slams de Pete Sampras, em 1990.
Além da pressão, a tarefa de voltar a vencer em casa fica mais complicada para os americanos pelo nível apresentado pelos líderes do ranking.
Juntos, o espanhol Rafael Nadal e o suíço Roger Federer foram campeões de 13 dos últimos 14 Grand Slams. O único que conseguiu furar esse duopólio foi o sérvio Novak Djokovic, ao faturar o último Aberto da Austrália, em janeiro.
Esse domínio fez o espanhol David Ferrer, quarto do ranking, autodeclarar-se "o número um dos humanos".
"Nada está no nível deles. O que esses três têm feito é uma barbaridade. Antes, os top ten conseguiam repartir mais os títulos, mas agora há três monstros que levam tudo e é muito mais difícil", afirmou Ferrer, semifinalista no Aberto dos EUA no ano passado, quando foi eliminado por Djokovic.
"Os demais top ten não são piores do que antes, mas agora temos três números um", completou o espanhol.
A maior esperança dos EUA para acabar com o jejum é Roddick, oitavo do ranking.
Com a aposentadoria de Andre Agassi, após a queda nas quartas do Aberto dos EUA-2006, Roddick se tornou o único americano em atividade que já venceu um Grand Slam.
Em março, Roddick conquistou o forte Torneio de Dubai, passando por Nadal nas quartas e Djokovic na semifinal.
Mas, depois, não voltou a ser campeão. Por isso, visando uma melhor preparação para o Aberto dos EUA, abriu mão de disputar os Jogos de Pequim.
Com os principais jogadores na Olimpíada, entrou como o grande favorito nos torneios de Los Angeles e Washington.
Os resultados, porém, não foram nada animadores. Perdeu a final no primeiro e foi eliminado nas quartas no segundo.
Na segunda rodada, ele derrotou o letão Ernest Gulbis por 3/6, 7/5, 6/2 e 7/5.


NA TV - Aberto dos EUA
ESPN Brasil e Sportv 2, ao vivo, a partir das 13h



Texto Anterior: Jornalista Paulo Vinicius Coelho estréia coluna amanhã
Próximo Texto: Feminino: Torcida festejou última conquista de uma local há 6 anos
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.