France Presse

Cenário do circuito de Spa após o engavetamento que envolveu 13 carros e interrompeu o GP da Bélgica na primeira volta

da Reportagem Local

Depois de sobreviver a uma das mais acidentadas corridas da história da F-1, Damon Hill conseguiu ontem sua primeira vitória desde a temporada de 1996, quando foi campeão mundial, a primeira também da equipe Jordan em sete anos de categoria.
Ralf Schumacher, seu companheiro, foi o segundo colocado, e Jean Alesi, da Sauber, terceiro.
Os líderes do campeonato, Mika Hakkinen e Michael Schumacher, não completaram o GP da Bélgica, disputado sob forte chuva.
O piloto da McLaren rodou na segunda largada após disputa de posição com o rival e, na sequência, foi abalroado por Johnny Herbert. O ferrarista, na 25ª volta, perdeu uma roda após colidir com a traseira de David Coulthard, naquele momento, retardatário.
Nos boxes, o alemão só não agrediu o escocês graças a intervenção do pessoal das duas equipes. "Você tentou me matar", disse Schumacher (leia abaixo).
Na largada original, Coulthard já havia provocado o maior engavetamento que se tem registro na F-1. Nada menos que 13 carros dos 22 carros do grid bateram. Dos nove que conseguiram completar a primeira volta, apenas três, Hill, Schumacher e Hakkinen, não sofreram nenhum tipo de dano.
A relargada aconteceu 50 minutos mais tarde, com apenas 18 carros. Mika Salo, Olivier Panis, Ricardo Rosset e Rubens Barrichello não tinham carros reservas. Barrichello, que machucou um dos braços, poderia até assumir o carro do companheiro Jos Verstappen, mas desistiu da corrida a pedido de seu chefe, Jackie Stewart.
A segunda largada premiou Hill e Schumacher, que assumiram a ponta. O acidente de Hakkinen provocou a intervenção do carro-madrinha por uma volta, mas Coulthard já havia saído da pista após uma tentativa de ultrapassagem de Alexander Wurz.
Após oito voltas, Schumacher assumiu a liderança e disparou. Até o choque com Coulthard, acumulara 37 segundos sobre Hill.
Na sequência do polêmico acidente, batida semelhante ocorreu entre Giancarlo Fisichella e Shinji Nakano. O Benetton do italiano pegou fogo, obrigando a nova intervenção do carro-madrinha.
"As condições eram péssimas. Chovia muito e, em alguns pontos do circuito, não se enxergava nada. Não existe outra razão para tantos acidentes", resumiu Hill.



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