|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Volante, que havia prometido não comemorar gol contra ex-equipe, agora 21ª, perdeu pênalti
Galeano ajuda, e Palmeiras deixa zona do rebaixamento
João Wainer/Folha Imagem
|
Nenê e Muñoz, autores dos gols da quinta vitória do Palmeiras no Brasileiro, comemoram após o time marcar contra o Botafogo |
EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a ajuda de um pênalti perdido por Galeano, de uma preleção petista, de uma grande bandeira de Nossa Senhora Aparecida, o Palmeiras conseguiu vencer
ontem o Botafogo por 2 a 1, no
Parque Antarctica.
O resultado fez o time sair da zona de rebaixamento, condição em
que se encontrava desde a sexta
rodada do Brasileiro -da 26ª subiu para a 21ª posição.
Antes do jogo, o técnico palmeirense, Levir Culpi, se apropriou
de uma frase do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva ("A esperança venceu o medo") para incentivar seu time.
Repetindo a história dos outros
jogos, o time de Levir Culpi começou arrasador, empolgado pelo
apoio da torcida, que novamente
levou a invicta bandeira de Nossa
Senhora Aparecida (três vitórias e
um empate).
Muñoz foi o responsável pelo
primeiro gol, aos 3min. Após escanteio, o rebote ficou com o atacante, que dominou e chutou cruzado. Dois minutos depois saiu
outro gol palmeirense. Após falha
da defesa, Nenê chutou, Carlos
Germano espalmou, e a bola ficou
sobre a linha para o colombiano
só empurrar para as redes.
Nenê e Muñoz fizeram cada um
o seu, mas o terceiro integrante do
ataque, Dodô, nada fez. Ele rebuscava jogadas ineficientes e não
ajudava na marcação. Tanto é assim que foi substituído sob vaias
da torcida por Zinho.
Aos poucos, o Botafogo foi se
encontrando em campo, e o Palmeiras se acomodou. Até que, aos
19min, os visitantes diminuíram a
diferença no placar: o volante
Carlos Alberto dominou um rebote e, de fora da área, chutou forte no canto direito de Sérgio.
O Palmeiras se amedrontou em
campo e só mais tarde voltaria a
retomar as ações ofensivas, com
chances de gol desperdiçadas por
Alexandre, Muñoz e Juninho.
"Nosso time entrou apático e só
acordou depois que estava 2 a 0
no placar. Podemos virar", disse o
botafoguense Odvan no intervalo.
E, quando começou a segunda
etapa, parecia que isso iria acontecer. Logo no primeiro minuto, o
juiz assinalou pênalti para a equipe do Rio, que tem como cobrador oficial Galeano, símbolo palmeirense nos anos 90.
Após ter prometido que não festejaria um eventual gol contra o
ex-time, Galeano chegou a receber uma proposta da irritada diretoria botafoguense de R$ 5.000 caso marcasse um gol.
Pois ele cobrou o pênalti, displicentemente, para fora. Mesmo
com o fiasco de Galeano, o Botafogo seguiu criando oportunidades de gol, como aos 11min com
Lúcio e aos 25min com Rodrigão.
Por seu lado, o Palmeiras abandonou a tática com três atacantes,
colocando Zinho e Pedrinho e suportando uma grande pressão no
final da partida. "O Botafogo não
pode me cobrar pelo erro, porque
já fiz muito pelo time", disse Galeano no final do jogo, com a torcida paulista gritando seu nome.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Frase Índice
|