São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 2002

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Volante, que havia prometido não comemorar gol contra ex-equipe, agora 21ª, perdeu pênalti

Galeano ajuda, e Palmeiras deixa zona do rebaixamento

João Wainer/Folha Imagem
Nenê e Muñoz, autores dos gols da quinta vitória do Palmeiras no Brasileiro, comemoram após o time marcar contra o Botafogo


EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a ajuda de um pênalti perdido por Galeano, de uma preleção petista, de uma grande bandeira de Nossa Senhora Aparecida, o Palmeiras conseguiu vencer ontem o Botafogo por 2 a 1, no Parque Antarctica.
O resultado fez o time sair da zona de rebaixamento, condição em que se encontrava desde a sexta rodada do Brasileiro -da 26ª subiu para a 21ª posição.
Antes do jogo, o técnico palmeirense, Levir Culpi, se apropriou de uma frase do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ("A esperança venceu o medo") para incentivar seu time.
Repetindo a história dos outros jogos, o time de Levir Culpi começou arrasador, empolgado pelo apoio da torcida, que novamente levou a invicta bandeira de Nossa Senhora Aparecida (três vitórias e um empate).
Muñoz foi o responsável pelo primeiro gol, aos 3min. Após escanteio, o rebote ficou com o atacante, que dominou e chutou cruzado. Dois minutos depois saiu outro gol palmeirense. Após falha da defesa, Nenê chutou, Carlos Germano espalmou, e a bola ficou sobre a linha para o colombiano só empurrar para as redes.
Nenê e Muñoz fizeram cada um o seu, mas o terceiro integrante do ataque, Dodô, nada fez. Ele rebuscava jogadas ineficientes e não ajudava na marcação. Tanto é assim que foi substituído sob vaias da torcida por Zinho.
Aos poucos, o Botafogo foi se encontrando em campo, e o Palmeiras se acomodou. Até que, aos 19min, os visitantes diminuíram a diferença no placar: o volante Carlos Alberto dominou um rebote e, de fora da área, chutou forte no canto direito de Sérgio.
O Palmeiras se amedrontou em campo e só mais tarde voltaria a retomar as ações ofensivas, com chances de gol desperdiçadas por Alexandre, Muñoz e Juninho.
"Nosso time entrou apático e só acordou depois que estava 2 a 0 no placar. Podemos virar", disse o botafoguense Odvan no intervalo.
E, quando começou a segunda etapa, parecia que isso iria acontecer. Logo no primeiro minuto, o juiz assinalou pênalti para a equipe do Rio, que tem como cobrador oficial Galeano, símbolo palmeirense nos anos 90.
Após ter prometido que não festejaria um eventual gol contra o ex-time, Galeano chegou a receber uma proposta da irritada diretoria botafoguense de R$ 5.000 caso marcasse um gol.
Pois ele cobrou o pênalti, displicentemente, para fora. Mesmo com o fiasco de Galeano, o Botafogo seguiu criando oportunidades de gol, como aos 11min com Lúcio e aos 25min com Rodrigão.
Por seu lado, o Palmeiras abandonou a tática com três atacantes, colocando Zinho e Pedrinho e suportando uma grande pressão no final da partida. "O Botafogo não pode me cobrar pelo erro, porque já fiz muito pelo time", disse Galeano no final do jogo, com a torcida paulista gritando seu nome.



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