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FUTEBOL
Time de Nelsinho é derrotado em São Paulo e vê mineiros encostarem
Santos perde do Cruzeiro e se afasta da Libertadores
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem torcida e jogando como inquilino no estádio do Palmeiras, o
Santos, que tem chances mínimas
de ganhar o Brasileiro, desperdiçou ontem também a oportunidade de se aproximar da zona de
classificação para a Libertadores.
Foi derrotado por 2 a 1 pelo Cruzeiro, concorrente direto pelas
quatro vagas no torneio sul-americano, no Parque Antarctica.
Com o tropeço, o time do técnico Nelsinho Baptista se manteve
na sexta posição, com 55 pontos,
mas tem os cruzeirenses na sua
cola. A equipe mineira, comandada por Paulo César Gusmão, chegou aos 54 pontos e subiu uma
posição: é a sétima agora.
A Libertadores tornou-se o único consolo de Santos e Cruzeiro,
papões dos últimos Brasileiros (o
primeiro venceu em 2002 e 2004;
o segundo, em 2003). Mas não está fácil: os santistas não ficam entre os quatro primeiros desde a
25ª rodada. Os rivais, desde a 21ª.
Ontem, pela 35ª rodada, o mando de campo foi do Santos, mas o
Superior Tribunal de Justiça Desportiva mandou o time para longe
da Vila Belmiro e com portões fechados por conta das invasões de
seus torcedores em casa na derrota por 3 a 2 para o Corinthians, em
confronto remarcado devido ao
escândalo de arbitragem.
O Santos buscava sua terceira
vitória seguida na competição
-havia batido São Paulo (2 a 1) e
Vasco (3 a 1), ambos fora-, mas
quem fez a "trinca" foi o Cruzeiro,
que vinha de triunfos contra Paysandu (4 a 3) e Coritiba (3 a 0).
Apesar das arquibancadas vazias, os ouvidos do árbitro gaúcho
Carlos Eugênio Simon não foram
poupados. Moradores dos prédios vizinhos ao estádio e membros da diretoria do Santos faziam
coro de "Edilson, Edilson".
Um das vezes em que Simon foi
chamado pelo nome do ex-juiz
Edilson Pereira de Carvalho, que
confessou ter vendido resultados
de jogos do Brasileiro, aconteceu
após ele dar impedimento de
Geílson e anular o gol do atacante
santista, aos 5min da etapa inicial.
Sem contar essa finalização, o time litorâneo chutou a gol sete vezes no primeiro tempo, sendo três
certas, segundo o Datafolha.
Geílson e o meia Heleno foram
os que mais arriscaram na primeira etapa: duas vezes cada um.
Apesar de ter arriscado menos
que o Santos no primeiro tempo,
foi o Cruzeiro que abriu o placar,
aos 20min. O zagueiro Irineu
marcou de cabeça, após aproveitar a cobrança de escanteio do lateral Wagner pela esquerda.
Se a estratégia do time mineiro
era a de aproveitar os lances de
bola parada, a do paulista foi de
surpreender no contragolpe. Geílson cruzou da esquerda para Basílio, que empatou o jogo, também de cabeça, aos 24min.
No segundo tempo, Nelsinho
ousou e colocou mais dois jogadores ofensivos em campo: Diego, que entrou no lugar do meia
Léo Lima, e Cláudio Pitbull, que
substituiu o volante Fabinho.
Não funcionou. Pior: foi a mesma tática de contragolpe, que premiara o Santos antes, que deu a
vitória ao Cruzeiro. O zagueiro
Ávalos perdeu a bola para Diego,
que cruzou da esquerda para
Alecsandro bater e pôr o time mineiro novamente na frente, aos
13min, fechando o placar.
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