São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2011

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'Resultado é excepcional', diz COB

PAN Brasil perde para Cuba em ouros e vence menos que em 2007, mas comitê olímpico vibra

MARCEL MERGUIZO
MARIANA LAJOLO
ENVIADOS ESPECIAIS A GUADALAJARA

O Brasil terminou o Pan de Guadalajara com 141 medalhas (48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes). Não chegou perto do Rio-2007, mas obteve seu melhor desempenho em competições fora de casa.
Resultado classificado como "excepcional" pelo Comitê Olímpico Brasileiro, mas que ainda não é capaz de pôr o país em segundo lugar no quadro geral de medalhas.
Mesmo combalida, com investimento decrescente e delegação encolhida, Cuba aumentou a vantagem sobre o Brasil. Há quatro anos, os caribenhos ganharam sete medalhas de ouro a mais, mas 22 pódios a menos. Na edição mexicana, porém, foram dez ouros em favor dos cubanos e cinco pódios a menos.
"A gente não veio para cá para brigar com Cuba. Estamos trabalhando para levantar o nível de todas as modalidades", afirmou Marcus Vinícius Freire, superintendente-executivo do COB.
Desde 2007, o esporte recebeu cerca de R$ 1 bilhão via lei de incentivo e Lei Piva.
"No Rio, foi fora de série, e conseguimos manter esse patamar. Pelo número de medalhas, [o Brasil] é o segundo, com distância em relação a Cuba [141 a 136]. Estamos supersatisfeitos", disse Freire, que ressaltou que o país levou medalhas em 35 modalidades, e Cuba, em 23.
A arrancada cubana para o segundo lugar em ouros se deu principalmente com atletismo e boxe. O país caribenho levou 447 atletas a Guadalajara, contra 483 de 2007. O Brasil competiu com 515.
No atletismo, foram 18 ouros. Só três marcas não poriam cubanos em finais do último Mundial: levariam três ouros, duas pratas e um bronze. Do Brasil, com dez ouros, Maurren Maggi venceria o salto em distância, e o revezamento 4 x 100 m seria prata.
No boxe, os cubanos levaram oito ouros. O Brasil, com dois campeões mundiais, ficou com duas pratas e cinco bronzes. "Dos nossos nove boxeadores, sete ganharam medalhas. Seria melhor tudo ouro? Mais prata que bronze? Mas foi bom", disse Freire.
O desempenho cubano surpreende, uma vez que o país teve problemas para classificar seus atletas.
Por questões políticas, boicotou os Jogos Centro-Americanos e do Caribe, em 2010, e perdeu classificatórios de seis modalidades. Também não foi ao Pan de levantamento de peso, nos EUA, e ao Centro-Americano feminino de basquete, em Porto Rico.

Colaborou DANIEL BRITO, de São Paulo



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