São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 2000

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PAINEL FC


Abrindo fogo
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, não poupou a direção do Clube dos 13 após a queda do alambrado em São Januário. A pessoas próximas, disse que tragédia mostra que não é tão fácil como dizem administrar o futebol brasileiro.

Local errado
Teixeira, que passa as festas de fim de ano na região dos Lagos, no litoral Rio, disse que, se a administração da JH fosse da CBF, o jogo não teria sido em São Januário. "Não há como ter uma final de Brasileiro no Rio fora do Maracanã", disse a assessores.

Falta de pulso
Para o presidente da CBF, a falta de uma uma associação forte o bastante para comandar dirigentes como Eurico Miranda prova que é necessária a existência de uma entidade hierarquicamente superior.

À disposição
Apesar de salientar que não tem nenhuma responsabilidade sobre o episódio, Teixeira se dispôs a ajudar os feridos que não forem auxiliados pelo Vasco. "Foi uma tragédia, que ninguém deseja a ninguém.

Inferno astral
Antes mesmo da final, o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, havia afirmado à Folha que estava arrependido de ter montado a Copa JH. Dizia-se estressado. Depois da tragédia de São Januário, vai continuar na mira de seus críticos.

Eurico x Globo
O presidente eleito do Vasco travou ontem um duelo pessoal contra a emissora que detém os direitos da Copa JH. Ainda em campo, após a queda do alambrado, Eurico dizia que o jogo tinha que continuar. "Mesmo que atrapalhe a programação de algumas TVs", afirmou.

Mudança de alvo
Depois de ver a intervenção de Anthony Garotinho, o presidente eleito do Vasco resolveu atirar contra o governador do Rio. Esqueceu até a Globo, seu alvo preferido nos últimos dias.

De herói a vilão
Antes do jogo, a torcida do Vasco mostrava faixas de apoio a seu presidente eleito. Em uma delas, um torcedor lançava sua candidatura para 2002. "Abaixo FHC: Eurico para presidente." Depois da tragédia, o deputado federal teve até que ser escoltado para não ser agredido por um grupo de vascaínos.

Atraso à vista
Chegou no início da semana à Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano o projeto do novo estádio do Corinthians, que será construído na Raposo Tavares. As obras, que já deveriam ter começado, devem atrasar ainda mais. Segundo funcionários da Prefeitura de São Paulo, a aprovação não sai em menos de seis meses.

Impacto
O problema está no impacto da construção do estádio, que terá capacidade para 45 mil pessoas, em relação ao trânsito. Depois do parecer da Secretaria da Habitação, o projeto passará pela Secretaria dos Transportes. O investimento do fundo norte-americano HMTF na obra chegará a R$ 60 milhões.

Arroz...
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) aceitou o convite da organização da São Silvestre e vai participar de parte da prova de hoje. Depois da corrida, o parlamentar vai entregar o prêmio ao primeiro colocado.

...de festa
O senador, que já anunciou sua intenção de concorrer à Presidência em 2002, faz incursão no mundo do esporte após ter atuado como ator na peça "Queda para o Alto". Um dia depois de participar da São Silvestre, Eduardo Suplicy vai acompanhar Marta, sua mulher, na cerimônia de posse da nova prefeita da capital paulista.

Longe dos holofotes
O prefeito Celso Pitta, que costuma correr provas de fundo, não vai participar da São Silvestre. Passará o fim de ano longe do assédio da imprensa. Na Maratona de NY deste ano, o prefeito teve um desempenho regular. Ficou apenas em 16.007º lugar, com um tempo de 4h41min27s.

Bolso cheio
O queniano Paul Tergat, favorito à conquista da SS pela quinta vez, ficou surpreso ao saber que o valor de sua bolsa na Maratona de Londres -US$ 300 mil- havia vazado. Irritado, não quis confirmar o valor.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br


DIVIDIDA

De Walter Oaquim, vice do Flamengo, sobre a cada vez mais provável ida do meia Alex para o Palmeiras:
- Vão ter que pagar pelo empréstimo dele até o meio do ano. De graça, ele não vai.



CONTRA-ATAQUE
Mudo, mas esperto

Atual bicampeão da Meia-Maratona de Paris (1999-2000) e campeão da Meia-Maratona de Lisboa, o tanzaniano Phaustine Baha chegou a São Paulo cotado como um dos favoritos ao título da São Silvestre 2000.
Muito tímido, o atleta, que fala swahili (idioma oficial da Tanzânia) e tem apenas noções de inglês, teve dificuldades para se expressar na coletiva marcada pela organização da prova.
Sempre de cabeça baixa e olhando para a intérprete, o atleta não respondia a nenhuma pergunta. Imóvel, parecia não entender nada.
Bem, quase nada. Quando foi questionado se conhecia o queniano Paul Tergat, tetracampeão da São Silvestre e também favorito ao título 2000, Baha gesticulou com a cabeça.
Segundo contou à intérprete, ele teria vencido o queniano no Mundial de Meia-Maratona-2000, no México.
Mas os organizadores da São Silvestre logo contestaram.
- Ele está confundindo. Phaustine Baha foi o vice, e Tergat, o campeão, corrigiu o assessor de imprensa da prova.


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