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PERCUSSÃO
Orquestra de percussão faz releitura de batucadas brasileiras
Da zabumba ao berimbau
DA REPORTAGEM LOCAL
Se até de caixinha de fósforo brasileiro sabe tirar batuque de
samba, imagine o que 18 percussionistas juntos podem fazer.
Foi pensando em explorar as
possibilidades da percussão na
música popular brasileira que Antônio Nóbrega, multiinstrumentista recifense e pesquisador de cultura popular, criou a Zabumbau -Orquestra Jovem Brasileira de Percussão, composta por jovens de
dez a 23 anos.
"Sempre fui seduzido pelo universo percussivo, então, tive a idéia
de montar uma orquestra que
mostrasse a vitalidade, a heterogeneidade e a beleza da percussão
brasileira", aposta Nóbrega.
Com a ajuda do filho Gabriel Almeida, 18, que começou a tocar
instrumentos de percussão aos 12
anos, Nóbrega juntou jovens que já
tinham familiaridade com os instrumentos a outros que mal tinham pegado direito neles.
"O projeto promove a releitura
de ritmos brasileiros como o coco,
o maracatu e o cavalo-marinho.
Mas também nos preocupamos
com a formação em percussão, por
isso começamos com integrantes
que não sabiam tocar e hoje são
parte importante da orquestra",
explica Gabriel, que assina a coordenação musical da orquestra e a
composição de algumas canções.
"Muito do nosso repertório é baseado nas brincadeiras populares,
daí a dança estar também presente
nos espetáculos", completa ele,
que explicou ao Folhateen a origem de cada um dos ritmos que a
Zabumbau aborda (leia quadro).
Foi também nesse universo de
ritmos que a orquestra encontrou
as referências para compor suas
músicas. As peças são executadas
com instrumentos como pandeiros, gonguês, alfaias, zabumbas,
ganzás, xiquerês, reco-recos, caixas, tambores, triângulos e berimbaus associados a outros, como a
rabeca, o pife, o marimbau.
Para quem quiser conhecer de
perto esse trabalho, a Zabumbau se
apresenta na sexta (5/7) e no sábado (6/7), às 21h, no Teatro e Escola
Brincante (r. Purpurina, 428, tel.
0/xx/11/ 3034-5389). Ingressos: R$
15 (estudante paga meia).
(FM)
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