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ESPORTE
Prancha é movida por uma pipa e exige menos vento que o windsurf
Kitesurf mistura velocidade e malabarismo
KEITE CAMACHO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Radical é a palavra que
melhor descreve esse
esporte, recente no Brasil,
que está virando a cabeça
de surfistas, skatistas, praticantes de windsurf e wakeboard.
No kitesurf, criado na
França há cerca de 30
anos, surfar e velejar em
alta velocidade são atividades que se completam,
em meio às manobras, giros e saltos, que aqui alcançam 20 m de altura
mas, no Havaí, por exemplo, chegam a 50 m.
Com uma prancha e o
que chamam de pipa ou
kite (que lembra um pára-quedas, inflado em uma
das extremidades), o kitesurfer consegue invadir a
praia dos outros esportistas, com ventos de apenas
oito nós, equivalente a
14,8 km/h.
Essa foi a alternativa encontrada pelos próprios
surfistas, quando as ondas não eram boas, por
praticantes de windsurf,
que dependem de ventos
mais fortes, e de wakeboard, por dispensar a
lancha.
Para o catarinense Roberto Veiga, 22, o Pulga, o
que surgiu como uma opção virou esporte principal. "No início, foi uma alternativa para quem praticava o windsurf, como
eu, já que o kite não precisa de tanto vento. Hoje, é a
primeira escolha."
Pulga ficou em terceiro
lugar no Desafio Brasileiro de Kitesurf, o primeiro
campeonato brasileiro
oficial do esporte, realizado nos dias 25 e 26 de
agosto, em Araruama (115
km do Rio). À frente de
Pulga, ficou o campeão
Marcelo Cunha, 24, mineiro radicado no Rio, e,
em segundo lugar, o carioca Rafael Martinez, 28,
conhecido como Pipoca.
Desde janeiro, a Associação Brasileira de Kitesurf (ABK), com sede no
Rio, passou a regular o esporte, dando mais segurança aos praticantes e
aos banhistas. Entre as
normas, estão: respeitar
as áreas demarcadas para
a decolagem da pipa, não
colocar as mãos nas linhas
e, aos principiantes, o uso
obrigatório de coletes salva-vidas.
Para os que querem se
aventurar no esporte, José
Carlos Guimarães, vice-presidente da associação,
aconselha a procura de
instrutores. Segundo ele,
o kitesurfer precisa ter noção da direção do vento e
aprender a controlar a
prancha e a pipa. O que
geralmente acontece com
dez horas de prática.
De acordo com o presidente da ABK, Ricardo
Orenstein, três ou quatro
aulas são suficientes para
quem quer começar a
praticar o esporte. O pacote (com o equipamento
incluído) costuma variar
de R$ 200 a R$ 300, mas
cada professor tem seu
preço. A associação não se
responsabiliza pelo instrutor.
As páginas www.kitenews.com.br e
www.abk.com.br contêm
informações sobre o esporte. Para tirar dúvidas
ou se informar sobre instrutores, basta acessar a
seção fórum do site da
ABK.
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