COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como (quase) todo adolescente, Gisela Pulido gosta de bife com batata frita. Para beber, guaraná. Quem vê a menina de cabelos castanhos claros com uma batata frita na mão não imagina quem ela é.
Gisela é a atleta mais jovem da história a ganhar um mundial de kitesurfe. A adolescente de 13 anos venceu as duas categorias, Freestyle e Big Air, da etapa do circuito mundial no Brasil.
Nascida em Tarifa, terra de ventos fortes na Espanha, Gisela sempre foi uma menina precoce. Começou a surfar com seis anos e a praticar o kitesurfe com oito, influenciada pelo pai. Aos nove, ela ficou em segundo lugar no Campeonato Júnior Europeu.
Quando não está competindo, Gisela vai à escola todos os dias de manhã. Assim que sai da escola, cai na água até as 19h da noite, quando há vento.
Para acompanhar a rotina escolar, a garota conta com a ajuda do pai. "Durante os campeonatos eu falto muito às aulas e, quando chega na prova, sempre tem alguma pergunta sobre algo de que eu nunca ouvi falar. Tenho que estudar sozinha", desabafa a esportista.
Seu pai, Juan Manuel, além de técnico, dá aulas de reforço para Gisela, principalmente de matemática. Ela já fala inglês fluentemente, mas ainda freqüenta aulas do idioma duas vezes por semana.
Para quem quer começar a velejar e a surfar com o kite, Gisela recomenda procurar uma escola que ofereça pipas menores e que ensine o esporte com segurança.
Aí é só curtir. "É muito divertido fazer kite com os amigos. Se você está triste, é só ir velejar um pouco que passa", conta. Outra dica é praticar esportes de prancha como o skate, o surfe ou o snowboard.
Depois da etapa do mundial no Piauí, há a grande final no Chile. Gisela acha que não vai participar. Ela provavelmente voltará para casa porque ainda tem que cumprir a difícil tarefa de não perder o ano letivo.
(JULIANA CALDERARI)


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