DO COLUNISTA DA FOLHA

Se os números no Brasil apontam uma estabilização no crescimento da Aids, os dados divulgados pela Unaids (agência da ONU para o combate da epidemia) são muito preocupantes. Tanto o número de infectados quanto o de mortos pela Aids bateram recorde neste ano.
Em 2003, ocorreram 3 milhões de mortes por causa da Aids no mundo. O número de pessoas que se infectaram foi de 5 milhões. Hoje, mais de 40 milhões vivem com o vírus no planeta.
Uma nova onda da epidemia ameaça China, Índia, Indonésia e Rússia, países com populações gigantescas. Os países do Leste Europeu também estão entre os que mais sofrem com a Aids.
A África continua a ser o continente mais atingido pela epidemia. Lá os recursos para tratamento são os piores do mundo. São 26,6 milhões os portadores do HIV. Na África, de cada cinco pessoas, uma vive com a doença.
Em alguns países africanos como Botsuana e Suazilândia, a taxa de infecção é inacreditável: 39% da população está contaminada com o vírus HIV.
A Unaids esclarece que nem mesmo os países ricos, em que o combate à doença é mais estruturado, podem se descuidar. Entre os jovens, os cuidados podem ser deixados de lado e o risco da epidemia pode voltar a provocar ameaças. (JB)


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