São Paulo, segunda-feira, 02 de maio de 2011

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SEXO & SAÚDE

JAIRO BOUER - jbouer@uol.com.br

Bullying não é o único vilão em assassinatos

OS VÍDEOS e cartas divulgados após o assassinato de 12 crianças na escola municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, confirmaram que o autor da chacina, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, havia sido vítima de bullying quando estudava no local.
Em outros crimes desse tipo que aconteceram nos EUA, os autores dos tiros também se declaravam vítimas de bullying na infância e na adolescência.
Mas só o bullying não explica os crimes. Transtornos de personalidade, distúrbios mentais ou surtos psicóticos (em que a pessoa perde o contato com a realidade ou a percebe de uma forma diferente) são os botões que disparam a ação final dos criminosos.
Por isso, além de investir em práticas em casa e na escola que diminuam a ocorrência do bullying, é importante que os jovens que tenham alterações de comportamento súbitas ou crônicas sejam estimulados a procurar uma avaliação e o acompanhamento de um psiquiatra ou de um serviço de saúde mental.
E quais são as mudanças de comportamento mais comuns? Retração excessiva, aversão ao contato com outras pessoas, frases desconexas, risos imotivados, sensação ou ideia permanente de perseguição, agressividade desmedida, impulsividade incomum, semanas ou dias seguidos sem querer sair de casa e fases de desânimo alternadas com euforia excessiva, entre muitas outras. Enfim, alterações que chamam a atenção!
É fundamental evitar as violências físicas e morais que acontecem dentro e fora da escola, até porque elas atrapalham a formação das redes sociais e emocionais dos jovens. Quem sofre bullying pode carregar as cicatrizes para o resto da vida.
Mas também é muito importante que amigos, professores e parentes fiquem de olho aberto para as mudanças de comportamento que muita gente pode ter ao longo de sua vida.


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