São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2008

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música

quebradeira suave

Curumin se inspira na música africana que se faz na América em novo CD

LUANA VILLAC
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um disco feito na manha. É assim que o cantor, compositor e multiinstrumentista Luciano Nakata, o Curumin, fala de seu novo álbum, "Japan Pop Show". "Foi feito para curtir com calma", diz.
Mas não se engane: um CD que começa com uma faixa chamada "Salto no Vácuo com Joelhada" já chega mostrando ao que veio. Suave, sim. Mas totalmente impactante. É uma mistura precisa de beats pesados e enérgicos com sonoridades delicadas. Soul, funk, dub, reggae, hip hop dialogam com o samba e o baião, reinventando a música brasileira contemporânea.
"Minhas referências são a música africana que se faz na América, de norte a sul", explica o cantor. "Mas, se você olhar para a essência da coisa, o que eu faço é samba", teoriza. "É um outro entendimento do samba, como algo que se transforma com o passar dos anos, mas a raiz está lá."
Ainda pouco conhecido do público brasileiro, Curumin virou cult nos EUA com seu primeiro álbum, "Achados e Perdidos", que vendeu mais de 15 mil cópias por lá e entrou para o seleto catálogo do cultuado selo californiano Quannum.
Para ele, conquistar terras estrangeiras é mais fácil do que jogar em casa. "Lá você já tem uma parte do jogo ganha porque é cool ser do Brasil, é exótico", reflete.
O show de lançamento de "Japan Pop Show", que rolou no Sesc Pompéia, neste mês, prova que o cara tem qualidade.


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