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música
quebradeira suave
Curumin se inspira na música africana que se faz na América em novo CD
LUANA VILLAC
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um disco feito na
manha. É assim
que o cantor, compositor e multiinstrumentista Luciano Nakata, o Curumin, fala de
seu novo álbum, "Japan Pop
Show". "Foi feito para curtir
com calma", diz.
Mas não se engane: um CD
que começa com uma faixa chamada "Salto no Vácuo com Joelhada" já chega mostrando ao
que veio. Suave, sim. Mas totalmente impactante. É uma mistura precisa de beats pesados e
enérgicos com sonoridades delicadas. Soul, funk, dub, reggae,
hip hop dialogam com o samba
e o baião, reinventando a música brasileira contemporânea.
"Minhas referências são a
música africana que se faz na
América, de norte a sul", explica o cantor. "Mas, se você olhar
para a essência da coisa, o que
eu faço é samba", teoriza. "É
um outro entendimento do
samba, como algo que se transforma com o passar dos anos,
mas a raiz está lá."
Ainda pouco conhecido do
público brasileiro, Curumin virou cult nos EUA com seu primeiro álbum, "Achados e Perdidos", que vendeu mais de 15
mil cópias por lá e entrou para o
seleto catálogo do cultuado selo
californiano Quannum.
Para ele, conquistar terras
estrangeiras é mais fácil do que
jogar em casa. "Lá você já tem
uma parte do jogo ganha porque é cool ser do Brasil, é exótico", reflete.
O show de lançamento de
"Japan Pop Show", que rolou
no Sesc Pompéia, neste mês,
prova que o cara tem qualidade.
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