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MÚSICA
Em pele de lobo
Oprimido na escola, Patrick Wolf dá a volta por cima com música erudito-eletrônica
CHICO FELITTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 16 anos, Patrick Denis Apps saiu de casa para não voltar. Rompeu
com a família, com a escola e
com a vida "chata" de até então.
Pôs de canto também o sobrenome. No lugar, vestiu uma pele de lobo: virou Patrick Wolf.
Dez anos depois, aos 26, ele é
considerado fera no que faz.
Elton John o chamou de
"instrumentista privilegiado" e
suas letras foram elogiadas por
Björk e pelo libanês Mika.
Em 2009, o ex-zoado da escola lançou seu quarto álbum,
"The Bachelor". O quinto CD já
está prontinho. Sai em 2010.
O Folhateen conversou por
telefone com o garoto apaixonado, que toca no Planeta Terra Festival, no sábado, em SP.
FOLHA - O quanto a imagem importa na sua música?
WOLF - Ai, muito! É muito visual. Ilustra o que eu sinto dentro do meu coração. No palco,
não estou interpretando. Há
uns meses, perdi uma capa prateada em um show. Ofereci até
recompensa para quem devolvesse, mas não rolou.
FOLHA - De que cor tá seu cabelo?
WOLF - Surpresa!
FOLHA - Que instrumento toca?
WOLF - As pessoas gostam de
fingir que eu toco mil instrumentos. Toco só piano, violino,
violoncelo e cravo.
FOLHA - Por que começou a fazer
música?
WOLF - Quando eu tinha 15 ou
16 anos, eu era muito sarcástico. Eu queria muito escapar do
mundo onde nasci. Era vítima
de "bullying" na escola...
FOLHA - Seu novo álbum é triste.
Você estava deprimido ao gravar?
WOLF - Passei por um período
muito triste da minha vida.
Uma música foi inspirada pela
carta de um amigo, que se matou.
FOLHA - Está melhor?
WOLF - Estou muito, muito feliz. Estou num relacionamento,
profundamente apaixonado...
FOLHA - Garoto ou garota?
WOLF - Por um garoto...
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