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CINEMA
In "Fame"
Remake de musical escolar leva "bomba", apesar de trilha animada
DA REPORTAGEM LOCAL
O sinal toca. Acabou o recreio e é hora da aula. No
segundo horário tem mímica ou balé?
Assim é a rotina dos alunos
de uma escola de artes performáticas onde se ensinam música, dança e teatro, e que serve
de palco para "Fama", que entra em cartaz nesta sexta.
O musical é refilmagem de
"Fame", que levou dois Oscar
em 1980. O conflito do filme de
então era a admissão de negros
no colégio -a vez do hip hop.
"Essa versão não aborda a
questão racial, até porque o hip
hop é hoje realidade rentável.
Está em todo hit nos rádios",
diz o diretor Kevin Tancharoen
à Folha, por telefone.
Debutando no cinema após
dirigir DVDs de Pussycat Dolls
e de Britney Spears, Tancharoen diz que a tensão racial deu
lugar à luta por um lugar no
mercado de trabalho.
A mudança de perfil dos alunos mudou a cara da escola de
ensino médio. Em vez de se esforçarem para aprender, os
personagens só querem saber
de fazer uma pontinha em seriados ou de compor a música
que "bombe"na pista. Como na ficção, ele diz que os iniciantes suaram para ver quem brilhava mais. "Teve competição no set, mas só para melhorar o nível dos atores."
Zero no dever de casa
Mas o esmero dos pupilos de Cher foi em vão. O filme é chocho no que poderia lhe render palmas: as performances. Números de dança tropicam na chatice.Os atos de teatro parecem saídos da escolinha do Tênis Clube. Os jovens talentos em produção musical ficam abaixo de material de MySpace.
Ah, sim. Às vezes pinta uma batida que empolga. E, por regra, ela é composta e cantada por artistas como Santigold e Sam Sparro - gente que não foi CDF em escola de estrela, mas
que salva a trilha sonora. (CHICOFELITTI)
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