LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA

Ao ouvirmos histórias sobre os grandes pensadores e artistas, estamos diante de momentos radicais da vida. Até em um relato superficial, não há como passar batido pela loucura sublime de Van Gogh (o cara cortou a própria orelha!), pela genialidade de Beethoven (o cara ficou surdo!), pela coerência de Sócrates (o cara foi obrigado a beber cicuta por dizer a verdade!).
Eles buscaram o que achavam que deviam encontrar com uma força que nos assusta e, ao mesmo tempo, nos ajuda a viver a nossa vida. São poucos os sujeitos como eles, que, na ciência ou na arte, conseguem levar ao extremo a tarefa em que estão envolvidos. E esses poucos merecem que conheçamos sua vida e sua obra.
É o caso dos maiores filósofos e pensadores, gente como Platão, Aristóteles, Maquiavel, Descartes, Rousseau, Kant, Wittgenstein e outros, que, numa espécie de seleção mundial de gênios, são apresentados em "Aprendendo a Filosofar em 25 Lições - Do Poço de Tales à Desconstrução de Derrida", de Nicholas Fearn. O autor é um filósofo que se dedica a expor, em linguagem narrativa, os profundos caminhos da filosofia de todos os tempos.