São Paulo, segunda-feira, 03 de junho de 2002

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02 NEURÔNIO

O dia da tortura... de novo!

JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO

COLUNISTAS DA FOLHA

Algumas coisas horríveis acontecem só uma vez na vida (como o atentado ao World Trade Center). Mas algumas, infelizmente, acontecem todos os anos. Entre elas, está o Dia dos Namorados (com escala de desgraça que pode ser comparada à da noite de Natal). Faltam nove dias para a hecatombe. E, de novo, você se vê às voltas com problemas do tamanho de um Boeing caindo na sua cabeça, como: "Ai, não tenho ninguém" (esse é o mais comum e um dos mais tristes) ou "Será que dou ou não dou presente?" ou "Ai, que saco, não quero gastar meu dinheiro com essa pessoa!".
Então, resolvemos dar dicas para você chegar bem ao Dia dos Namorados (apesar de acharmos isso realmente impossível). Algumas, para os que estão em busca da sua cara-metade (ou de apenas uns beijos no dia 12). E outras para as que estão querendo dar uma despachada no namorado. Sim, existe quem prefira passar o Dia dos Namorados sozinha em vez de "mal acompanhada". Afinal, sozinhas elas não terão de comprar presentes. E não correm o risco de ganhar um bichinho de pelúcia e ouvir a frase "eu te amo, bem" de um sujeito com olhar de cão vadio.
Sim, eu quero um namorado!
Finja que não quer um namorado. Afinal, todo mundo sabe que, quando a gente quer muito acaba não conseguindo nada. Finja bem, até que você mesma fique convencida disso!
Saia com as suas amigas, mas não saia num grupão de dez mulheres. Afinal, é bem difícil vocês encontrarem um outro grupão de dez homens solteiros. E nenhum homem vai abordar uma mulher que está no meio de outras nove. Use a famosa "tática do isolamento". É cafona, mas é hora de apelar!
Frequente chats de solteiros. Nós nunca fizemos isso, mas sabemos de gente que fez e está para casar.
Peça a suas amigas para fazerem "blind dates" com os amigos dos namorados. Mas peça uma descrição detalhada antes. Afinal, esse papo de "o amor é cego" é coisa do passado!
Converse mais com as pessoas, incluindo os passantes, os homens que sentam ao seu lado no metrô e aquele meio estranho do seu trabalho.
Não, eu não quero um namorado!
1. Faça uma greve sexual.
2. Quando o seu namorado estranhar e quiser conversar, fale que você odeia conversa sobre relacionamento. Diga que está passando por um momento íntimo, só seu. E que o problema não é com ele (isso é a melhor coisa para deixar claro que o problema é com ele!).
3. No dia em que ele for para a sua casa, convide cinco amigas para irem lá. E chame uma que está com dor-de-cotovelo, para ela contar toda a história. Juntas, vocês podem fazer unha e ver novela.
4. Se ele tocar no assunto "Dia dos Namorados", fale que acha a data um mero evento consumista, uma farsa do Sindicato do Comércio.
5. Tenha ataques de ciúmes repentinos, cobre, encarne a "rádio patroa". Mas cuidado: alguns homens gostam disso.
Se você não estiver em nenhuma das situações anteriores (aí se encaixam as desiludidas, as com preguiça de procurar um cara, as que ainda sofrem por alguém, enfim, todas as pessoas com problemas realmente graves), tenha um ataque de fúria em casa ouvindo "No Fun", com os Sex Pistols, que diz: "Talvez eu possa sair, talvez eu fique em casa, talvez eu ligue para a minha mãe, que saco andar sozinho apaixonado por ninguém". E pense que homem não é solução. O que, aliás, é a mais pura verdade...
PS. E como somos maníacas pelo tema, espere, pois, na semana que vem, faltarão dois dias para o juízo final. Vamos nos repetir e escrever sobre a mesma coisa...


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