São Paulo, segunda-feira, 03 de setembro de 2007

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música

Curitibanos da Terminal Guadalupe fazem rock político sem chatice

Grupo exibe na sexta, em São Paulo, o peso de guitarras e idéias do novo CD

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Cinco rapazes de Curitiba, vestidos em colarinhos cinza, típicos dos cobradores de ônibus locais, ousam ser uma banda com agenda política na era da descrença. E não copiam o U2.
"Cada um acredita na sua verdade, a nossa não é universal", diz o sério e verborrágico Dary Jr., vocalista e letrista do Terminal Guadalupe.
"Seria falso se não fizéssemos assim. Mas, se ninguém se emocionar, o conteúdo vai pelo ralo", explica
Formada por Allan Yokohama (guitarra e voz), Fabiano Ferronato (bateria), Lucas Borba (guitarra) e Rubens K (baixo), a banda curitibana toca na sexta no Inferno (r. Augusta, 501, Consolação, São Paulo).
O show vibrante mistura o peso do fim do século (Queens of the Stone Age e Muse são influências confessas) e letras articuladas do seu novo disco, "A Marcha dos Invisíveis".
Gestado no estúdio Toca do Bandido (RJ), o álbum é independente (também lançado em formato pen drive) e foca as pretensões dos "invisíveis", os marginalizados. Se você é do Terceiro Mundo, leitor, o assunto pode interessar.
É um ato de coragem falar em mudanças no sistema (em faixas como "Pernambuco Chorou") em letras sem facilidades. Amparado por uma muralha de guitarras e boas melodias, o vocal de Dary escapa com brilho do risco de virar um comício.
"Alguém precisa reagir à apatia atual", diz o cantor. "A gente quer que as pessoas pensem o país de forma menos excludente. O ceticismo não é justificativa para se omitir." Apoiado.


A MARCHA DOS INVISÍVEIS
Terminal Guadalupe
www.terminalguadalupe.com.br



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