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INTERNET
Entrevistas foram feitas pela internet
DA REPORTAGEM LOCAL
Como o assunto era conversa
on-line, decidi fazer todas as
entrevistas para esta reportagem usando programas de mensagens instantâneas. Conheci os personagens por indicação de colegas e
entrei em contato por e-mail ou por
breve conversa telefônica, apenas
para explicar o que seria a reportagem e pegar os endereços de e-mail.
Eu sei usar o básico desses programas, como adicionar contatos e
enviar e responder mensagens, mas
ainda cometo erros que podem irritar muitos adolescentes. Por exemplo, escrevi as perguntas com tudo
(letras, acentos e pontuações) correto, mas acabei achando que quem
escrevia errado era eu.
Principalmente conversando
com os meninos, mais espontâneos
e desencanados ao enviarem suas
respostas para mim.
Enquanto as meninas demoravam para escrever (horas on-line
passam em segundos) tudo direitinho e me deixavam ansioso pelas
respostas, os meninos foram rápidos e impulsivos, sem se preocupar
com grafia correta das palavras e
com a construção clara das frases.
Na verdade isso pouco importava
para a reportagem, pois o que estava valendo era o conteúdo das respostas e entender por que o trabalho de digitar está substituindo o
ato de simplesmente abrir a boca e
dizer o que der na telha, ao vivo ou
pelo telefone.
(LF)
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