São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2005

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BALÃO

Em nome do Pato, do Rato e de todos os mestres

DIEGO ASSIS

Você não abriu o caderno errado. Este é o Folhateen, esta é a "Balão", e os quadrinhos de Disney não são necessariamente "coisa de criança". Isso é o que tenta provar a coleção "Mestres Disney", já em seu segundo número pela Abril. Se pensarmos que, pouco tempo atrás, a editora mal publicava o crédito dos autores nas HQs, uma série como essa, focada em nomões como Keno Don Rosa, Giorgio Cavazzano e Floyd Gottfredson, já é um grande avanço. Esquecidos pela própria matriz americana, os quadrinhos Disney criaram raízes mais fortes em países como Itália, Dinamarca e mesmo no Brasil -Renato Canini, desenhista do Zé Carioca, será um dos mestres homenageados na coleção. É só nas HQs que podemos ver um "encontro" entre Mickey e o cineasta italiano Federico Fellini, por exemplo. Don Rosa adiciona história (com H maiúsculo) aos quadrinhos da família Pato. Com Gottfredson, alvo do terceiro e próximo número da série, voltamos a 1930 e às primeiríssimas tiras de Mickey Mouse. Em tempo: se você é um dos que acompanhou os oito últimos volumes de "Obras Completas de Carl Barks", aí vai uma boa nova: agora em maio, a (ótima) série volta às bancas!

Mais uma das divertidas minienciclopédias do jornalista Sidney Gusman, "100 Respostas Sobre Hanna-Barbera", também da Abril, responde tudo o que você precisa --e às vezes nem tanto-- saber sobre o estúdio que deu ao mundo desenhos bacanudos como "Scooby-Doo", "Os Flinstones", "Os Jetsons", "Os Impossíveis", "Space Ghost", "Johnny Quest", "Herculóides"... enfim, tudo o que existia de legal na TV aberta, antes de ela ser abduzida pelos animês japoneses.

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