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SEXO & SAÚDE
JAIRO BOUER - jbouer@uol.com.br
Coquetel de drogas é risco certo nas baladas
NA ÚLTIMA semana, publicamos texto sobre uma espécie de supermedicação
das emoções dos jovens. Na
mesma semana, a Folha
trouxe uma reportagem sobre o uso de alguns desses
remédios para fins recreativos nas baladas da cidade.
Boa parte dessas drogas
é sintética, ou seja, feita em
laboratório para produzir
efeitos no sistema nervoso
como desinibição, alegria,
energia e maior sensibilidade aos estímulos visuais e
auditivos, entre outros.
Além dessas drogas sintéticas, como o ecstasy
(aliás, desenvolvido originalmente para ser um antidepressivo), outros remédios que só poderiam ser
vendidos com receita médica e usados por quem precisa estão sendo tomados de
maneira indiscriminada por
algumas pessoas.
Ritalina (indicado para
quem tem deficit de atenção) é um deles. Como é um
derivado de anfetamina
(estimulante do sistema
nervoso), ela pode trazer algumas alterações no comportamento. E combinações
com álcool ou maconha são
comuns. E aí os efeitos podem ser potencializados.
Coquetéis com misturas
de drogas também não são
novidade nas baladas. Muitos jovens têm experimentado, por exemplo, misturar
ecstasy, álcool ou maconha,
e Viagra (ou outro facilitador de ereção). A hipótese é
que o álcool desinibe, o ecstasy torna a pessoa mais
propensa a querer se encontrar com outra, e o Viagra
garante o desempenho final.
Não precisa nem falar que
toda mistura potencializa
riscos e deixa as pessoas à
mercê de um turbilhão de
sensações e emoções que
podem ser ruins. Além disso,
a ressaca do dia seguinte e
os efeitos colaterais podem
ser muito desagradáveis.
Sem falar nos riscos!
Quem usa drogas está
buscando sensações prazerosas e novas experiências.
Mas o resultado pode ser
bem complicado, e elas podem ficar com a falsa sensação de que só conseguem se
divertir "turbinadas".
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