MARCELO VAZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Se o teletransporte ainda é algo longe da realidade, pesquisadores conseguiram uma forma de tocar e de ser tocado à distância: transmitir o gesto, e não a pessoa.
Para o experimento, foram necessários dois pequenos braços mecânicos e uma ligação em rede. No caso, foi utilizada a ultra-rápida Internet2, que interliga universidades e centros de pesquisa.
Na tela do micro, dois cientistas -um na Inglaterra e outro nos EUA- viam uma sala tridimensional em que se encontravam uma pequena caixa (virtual, claro) e dois pontos, que representavam a posição das pessoas.
Com os braços mecânicos, chamados de "phantom" (fantasma), eles podiam, juntos, levantar a tal caixa. Cada um de um lado podia sentir a textura do objeto, a pressão aplicada pelo outro cara e como o objeto estava sendo manipulado.
A inovação poderá chegar ao cidadão comum, mas para quê? Os próprios cientistas ainda não sabem muito bem. Citam, como possibilidades, a telemedicina ou "uma escultura virtual feita por artistas em diversos locais do mundo".
A maior expectativa, no entanto, é que se possa aproveitar o sistema em ambientes de realidade virtual, conjugando toque, som e imagem. Imagine o sucesso que terá em salas de sexo virtual...

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