Festival mostra que novos cineastas apostam no velho e romântico Super 8 para realizar seus primeiros filmes
DA REPORTAGEM LOCAL

Por mais que se coloque o cinema digital como trilha do futuro, há quem não abra mão da película. Mais que isso. Há quem aposte em um tipo de filme criado em 1965 e cultuado até hoje no meio cinematográfico: o Super 8.
Nostalgia? Um pouco. Mas quem usa Super 8 defende que nenhum outro filme traz textura e luminosidade equivalentes. Baseado nesse conceito acontece o 3º Festival de Cinema Super 8 de São Paulo, de 9 a 11 de março, às 22h, no Espaço Unibanco de Cinema (r. Augusta, 1.470/ 1.475, tel. 0/xx/11/288-6780).
O festival faz parte do chamado Circuitão do Super 8, evento composto por mostras e festivais em São Paulo, Londrina (PR) e Umuarama (PR) durante o mês de março. Sua terceira edição apresenta 15 filmes em uma mostra competitiva e pretende traçar um perfil da produção nacional atual de cinema em Super 8. Segundo o organizador William Hinestrosa, 26, grande parte dos inscritos têm entre 20 e 25 anos. "São estudantes de comunicação que encontram no formato uma alternativa para a realização de seus primeiros filmes, por sua qualidade e baixo custo", explica.
Para ele, a retomada do Super 8 foi simultânea à do cinema brasileiro, em meados da década de 90. "O que era utilizado para filmagens caseiras, nos anos 70, ressurge agora trazendo idéias e propostas", conclui. (FERNANDA MENA)



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