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BALÃO
Tem alguém aí?
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde que me conheço por gente essa
discussão sempre vem à tona: quem
liga para as histórias em quadrinhos?
Os números, é bem verdade, não ajudam. Se na década de 80 ainda existia a
"Chiclete com Banana", que vendia muito bem, obrigado, e a "Turma da Mônica" batia a casa dos seis dígitos todo mês,
na última década a queda tem sido vertiginosa. Uns culpam a internet, outros os
desenhos japoneses e alguns acham que
até a MTV (?!) tem a sua parcela de culpa.
Uma das iniciativas mais bacanas do
cenário independente nos últimos anos,
a editora "virtual" Nona Arte (www.nonaarte.com.br) publicou recentemente
um manifesto pela salvação dos quadrinhos em seu site -que, a propósito, tem
uma boa quantidade de revistas em PDF
para serem baixadas a custo zero. Lamentam como o potencial das HQs
"vem sendo desperdiçado com fórmulas
prontas e produção acomodada".
Prof. Alexandre Nagado, outro matuto
das HQs brazucas, filosofava outro dia
em seu blog (nagado.blig.ig.com.br): "E
se não há um mercado nacional consistente, como os jovens que crescem querendo criar suas próprias histórias podem se tornar profissionais?".
Boa pergunta. Ninguém sabe. Por falta
de dados mais consistentes, vamos dar
início à nossa própria pesquisa: por você,
as histórias em quadrinhos devem ser...?
@ - balao@folha.com.br
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