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02 NEURÔNIO
A melhor amiga da mulher é a Dosha
JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO
COLUNISTAS DA FOLHA
Há dias em que parece que um carro
passou por cima da gente. E, mesmo
assim, ainda arranjamos coragem para
tomar um banho, passar um gloss e
sair à noite. E, no outro dia, acordar como se dois carros tivessem passado por
cima da gente!
Mas, em algumas situações da vida,
não sabemos de onde tiramos forças
para nos recuperar de um grande tombo. Aquele momento fundo do poço
sem fundo, em que rola um pé na bunda, uma desilusão amorosa. Aquela
calça que não entra mais. Ou um corte
de cabelo malfeito. E, nesses momentos, a gente tem de dar a volta por cima
e aprender algumas lições. Como a
mensagem que a pequena cadela Do-sha passou para nós.
Dosha, que mora na Califórnia, foi atropelada num
certo dia de abril. E um policial achou que ela estava
agonizando e resolveu acabar com seu sofrimento,
dando-lhe um tiro de misericórdia. Depois, a finada
cadela foi levada para o necrotério dos animais e colocada num freezer para esperar o reconhecimento dos seus familiares. Qual
não foi a surpresa, duas horas depois,
na hora em que uma veterinária do
centro de controle de animais abriu o
freezer e viu Dosha em pé, dentro do
saco plástico!
O animal ressuscitado na verdade
não havia morrido. E agora ainda experimenta a fama. Dosha já apareceu até
na televisão: toda machucada depois
de ter sido atropelada, alvejada e, ao final, congelada. Mas viva!
Então, quando passamos por uma
coisa ruim na vida, não podemos desanimar! Sim, podia ser pior! A gente podia ter levado um pé na bunda de um
aborígene, saído para cortar o cabelo e
ainda ficado com uma franja horrível e
com calças apertadas! (E,
do jeito que o mundo anda, também poderíamos
ser atropeladas, alvejadas
por um policial e acordar
dentro de um saco plástico
com a maquiagem derretida, as roupas molhadas e
mancando!)
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