São Paulo, segunda-feira, 05 de dezembro de 2005

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CINEMA

"As Crônicas de Nárnia", clássico de C.S. Lewis, leva você a um outro mundo de magia

Sai Hogwarts, entra Nárnia

MARINA MONZILLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A mais nova produção da Disney é um filme cheio de magia que começa numa estação ferroviária de Londres. Nele, um grupo de crianças embarca num trem maria-fumaça que atravessa campos verdes e pontes sobre arcos para chegar a um imponente edifício onde encontrarão muitos desafios.
Poderia ser o início de "Harry Potter", mas, apesar das semelhanças, esse é o começo de "As Crônicas de Nárnia - o Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa", que estréia no próximo dia 9 de dezembro. Assim como os filmes sobre o bruxinho de Hogwarts, esse tem feitiçaria, seres estranhos, bem diferentes dos humanos e, é claro, muita aventura.
Outra característica comum é que os dois são baseados em livros. Mas, diferentemente de J.K. Rowling, que ainda está escrevendo a saga de Harry Potter, o irlandês C.S. Lewis (1898-1963) criou os sete volumes que compõem "As Crônicas de Nárnia" há mais de 50 anos. O filme é baseado na primeira história que ele escreveu, que se passa durante a Segunda Guerra Mundial. Nessa época, as crianças tinham de deixar seus pais e a cidade grande em direção ao interior para se proteger dos bombardeios dos inimigos.
É o que acontece com os irmãos Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia. Eles vão parar na mansão de um professor misterioso, cheia de quartos vazios, que despertam a curiosidade, e de regras para serem desobedecidas. Durante uma brincadeira de esconde-esconde, Lúcia, a mais nova, descobre um guarda-roupa que, no fundo, é uma passagem secreta para Nárnia, um país mágico dominado pela Feiticeira Branca.
Por conta de um feitiço da malvada, Nárnia vive um inverno eterno e o Natal nunca chega por lá. Vai caber aos quatro irmãos enfrentar a bruxa ao lado do leão Aslam, o verdadeiro rei.
Nessa jornada, eles conhecem seres do bem, como os centauros, os faunos e um casal de castores falantes. Mas têm de combater ogros, ciclopes e outros inimigos assustadores numa grande guerra, que lembra as batalhas de "O Senhor dos Anéis".
C.S. Lewis era amigo de J.R.R. Tolkien, autor da trilogia sobre a Terra-Média. Eles trocavam idéias sobre suas respectivas obras. Mas "As Crônicas de Nárnia" são bem mais fáceis de ler do que as aventuras de Frodo e companhia e foram relançadas por conta do filme. Quem assistir e gostar pode correr atrás do livro, que traz as sete histórias num só volume, organizadas de acordo com a sugestão de leitura do autor e não na ordem que foram escritas.


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