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Como surgiu a religião rastafári
DA REPORTAGEM LOCAL
O culto messiânico-milenário
do rastafarismo obteve parte
de sua ideologia dos ensinamentos de Marcus Mosiah Garvey
(1887-1940), um grande defensor do
retorno dos negros à África.
Na primeira década do século passado, após visitar diversos países do
Caribe e da América Latina, revoltou-se com as condições de trabalho
de negros e de operários. Na Inglaterra, em 1914, fez conclusões sobre o
significado da diáspora negra.
Voltou para a Jamaica, onde fundou a Liga das Comunidades Africanas, com o lema "Um Deus! Um objetivo! Um destino!". Para ele, a terra
da salvação era a Etiópia, considerada o berço da nossa civilização. Dizia
que lá seria coroado o Redentor.
Em 1930, Ras Tafari Makonnen,
tornou-se imperador da Etiópia e foi
proclamado "Rei dos Reis". A população pobre da Jamaica, seguidores
de Garvey, entenderam o evento como a realização da profecia, mas
Garvey não concordava, o que não
impediu que a religião se propagasse.
Os rastafáris passaram a seguir os
ensinamentos de uma bíblia própria,
a "Piby Sagrada", e profetas começaram a criar leis: evitar bebidas alcoólicas, tabaco e carnes, não raspar a
cabeça nem aparar o canto da barba,
deixar dreadlocks crescerem e fumar
maconha -"ganja", a "erva da sabedoria", como parte do culto.
(LF)
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