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Cartas
Tropicália 1
"A matéria sobre o tropicalismo (ed. de 30/7)
foi legal! Mas "Tropicália ou Panis Et Circencis"
é uma versão baiana pra "Sgt. Peppers Lonely
Hearts Club Band", não algo além. O mais,
penso, é masturbação mental."
DANIEL TISSÉO, Lorena, SP
Tropicália 2
"Gilberto Gil, hoje ministro do Carnaval,
designava o tropicalismo como uma enorme
geléia brasileira. A idéia de algo envolvendo
mistura de sons, elementos nacionais,
Gilberto Gil e Caetano Veloso nunca é boa.
Porque nenhum desses fatores entusiasma.
No entanto, é inegável a relevância de um
movimento que peitou a xenofobia brasileira
perante os países que não perderam tempo
cantarolando rimas infantis. Não que os brasileiros tenham
melhorado musicalmente em 40 anos. Não que nossa
xenofobia, que independe de assunto, tenha acabado. Os
tropicalistas não conseguiram melhorar o Brasil. Não
conseguiram porque os brasileiros só se ocupam em nascer
e morrer.."
LEANDRO FERREIRA SARUBO, 19, Sorocaba, SP
Os antimodinhas
"Primeiramente gostaria de perguntar para leitora Karla
Lopes que mandou o comentário "Nota zero para a nota dez':
Karla, você por um acaso seguiu um daqueles conselhos e
saiu só com dez reais na carteira e não conseguiu voltar pra
casa? Agora, ao que interessa: pessoas que param de
gostar de uma banda simplesmente porque essa banda
virou modinha são completamente patéticas e não são fãs
de verdade. Gostar de uma banda porque ela é
desconhecida não faz o menor sentido. Será que essa gente
sabe que, quanto mais fãs a banda tem, mais shows, mais
divulgação e mais informações eles terão sobre a banda?
Ser único, original, não tem nada a ver com isso. Se você é
fã mesmo de uma banda, não vai deixar de gostar deles
assim, de um dia pro outro."
MARIA ISABEL XAVIER DE ARRUDA, 17, São
Paulo, SP
Jairo Bouer
"Realmente precisamos de mais médicos como Jairo Bouer.
Sabemos que, no cotidiano, muitos deles, em vez de serem
imparciais, acabam por colocar os seus pensamentos não
médicos em primeiro lugar e relegar a segundo plano a
ciência. Lendo o texto "O sexo e a religião" (ed. de 30/7), não
posso deixar de manifestar a minha alegria por saber que
ainda existem pessoas que não julgam, que se dispõem a
mostrar os dois lados da moeda e que não dizem como (ou
se) o outro deve agir. Com muita sensibilidade, Jairo Bouer
foi médico e humano, demonstrando conhecimento e
respeito."
RITA DE CÁSSIA DE LIMA FRANCO, 33, São
Paulo, SP
Mais antimodinha
"Eu sei que vocês já devem estar cansados desse assunto,
mas espero que publiquem meu e-mail. Enquanto as bandas
são independentes, elas têm o seu próprio som. Para
chegar na "moda", elas assumem contratos com gravadoras,
porque sem elas não chegariam na "moda", certo? E isso faz
perder, muitas vezes, a identidade que o som tinha antes...
Claro que existem as que continuam com a mesma essência,
mas... Infelizmente, geralmente não é assim."
Bêlit Lua Alencar, Araraquara, SP
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