JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO

Somos mulheres experientes nesse assunto. Por isso, esperamos que você siga os nossos conselhos. O primeiro deles, agora que a temporada de liquidações ainda está bombando (se jogue logo depois do Carnaval), é o seguinte: nunca, nunca leve um namorado com você para fazer compras nesse dia. Muito menos um pretê recente. Ele não vai ter paciência para esperar você provar 300 calças. E ainda vai falar mal daquele top incrível que você achou por R$ 30. E você vai voltar para casa com as mãos abanando. E ter que aturar o péssimo humor do pretê.
Você também nunca deve levar uma mãe com você. A não ser que a relação de vocês seja no estilo "Gilmore Girls", o que, como você sabe, não existe na vida real. Mas ela também vai interferir nas suas escolhas. Sendo que, aí, ela tem um ponto mais forte que o de qualquer bofe: quem paga a conta é ela.
Por isso, vá com as amigas ou com os amigos gays. O submundo das liquidações é feito para você surtar e trocar de roupa com a cabine meio aberta, esquecendo por instantes que todos os poucos homens da loja estão vendo a cena. E também para dividir o provador com os amigos gays. Isso aconteceu com uma de nós no ano passado. Foi ótimo. Mas, depois, o amigo gay disputou com ela o mesmo modelito!
Estipule uma meta de grana, mas saiba que você vai ultrapassá-la um pouco. Sempre. Isso faz parte e é aceito no submundo das liquidações. Faça aquelas contas matemáticas ridículas que provarão que você está fazendo um negócio da China.
Se um vendedor tentar vender uma peça por R$ 700 e falar a pior frase do mundo -"antes era R$ 1.400"-, respire fundo. Pense na solidariedade mundial e seja gentil com o rapaz. Mesmo que você esteja louca para gritar de ódio.
E, por fim, se prepare para horas de fila. A vida não é fácil. Nem com modelos com 50% de desconto.

Momentos de histeria
"Muita calma nessa hora!"