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São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2003

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BALÃO

A colônia contra-ataca

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na contra-mão da história das histórias em quadrinhos, um novo fenômeno tem tomado de assalto as editoras americanas: a consolidação da pena brasileira. Se, dez anos atrás, o trabalho de Roger Cruz, Mike Deodato e Marcelo Campos era visto no mercado gringo com um certo ar de heroísmo, a "segunda onda" de Ivan Reis, Ed Bennes e Renato Guedes desmistifica e comprova: o que importa é o traço, não a cor do passaporte.
As histórias de sucesso se acumulam. Reis foi responsável pela aguardada reestréia de "Lady Death", pela CrossGen. Fez bonito. Guedes foi chamado pela DC para trabalhar na popular série "Smallville", e Bennes, outro contratado da DC, conseguiu a proeza de esgotar a revista "Birds of Prey" em menos de 24 horas.
Assim mesmo, sem medo de ser feliz, é que o também brasileiro Bruno D'Angelo encara o mercado americano com o impressionante "Lord Takeyama", que desenhou em parceria com o roteirista e proprietário da microeditora Terra Major, Shane L. Amaya. E as críticas favorecem: "Takeyama", que por aqui sai pela Opera Graphica, já ganhou o aval de Stan Sakai ("Usagi Yojimbo") e dos críticos do influente "The Comics Journal".
"Não temos que ficar olhando para o nosso umbigo. O mercado dos Estados Unidos está falido e é a chance de a gente entrar", diz o desenhista de 26 anos. Como diria Romário: "É isso aí, parceiro!"


@ - balao@folha.com.br


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