|
Texto Anterior | Índice
BALÃO
A colônia contra-ataca
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Na contra-mão da história das histórias
em quadrinhos, um novo fenômeno
tem tomado de assalto as editoras americanas: a consolidação da pena brasileira.
Se, dez anos atrás, o trabalho de Roger
Cruz, Mike Deodato e Marcelo Campos
era visto no mercado gringo com um
certo ar de heroísmo, a "segunda onda"
de Ivan Reis, Ed Bennes e Renato Guedes
desmistifica e comprova: o que importa
é o traço, não a cor do passaporte.
As histórias de sucesso se acumulam.
Reis foi responsável pela aguardada reestréia de "Lady Death", pela CrossGen.
Fez bonito. Guedes foi chamado pela DC
para trabalhar na popular série "Smallville", e Bennes, outro contratado da DC,
conseguiu a proeza de esgotar a revista
"Birds of Prey" em menos de 24 horas.
Assim mesmo, sem medo de ser feliz, é
que o também brasileiro Bruno D'Angelo encara o mercado americano com o
impressionante "Lord Takeyama", que
desenhou em parceria com o roteirista e
proprietário da microeditora Terra Major, Shane L. Amaya. E as críticas favorecem: "Takeyama", que por aqui sai pela
Opera Graphica, já ganhou o aval de Stan
Sakai ("Usagi Yojimbo") e dos críticos
do influente "The Comics Journal".
"Não temos que ficar olhando para o
nosso umbigo. O mercado dos Estados
Unidos está falido e é a chance de a gente
entrar", diz o desenhista de 26 anos. Como diria Romário: "É isso aí, parceiro!"
@ - balao@folha.com.br
Texto Anterior: Orelha Índice
|