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GAME ON
Canivete suíço
ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Polêmica no mundo dos games já virou
rotina. A última, e mais interessante,
diz respeito ao portátil multiuso da Nokia, o N-Gage.
Na semana passada, o chefão da empresa finlandesa, Jorma Ollila, admitiu
que as vendas do aparelho foram abaixo
da expectativa inicial. Mas, ao mesmo
tempo, deixou claro que a Nokia, uma
das líderes do mercado de telefonia, tinha todas as condições para reagir e que
dois anos era o tempo para avaliar o sucesso ou não da empreitada.
Em seguida, o presidente da Electronic
Arts, a maior produtora de games do
planeta e apoio-chave no desenvolvimento de jogos para o aparelho da Nokia, tão logo segurou o N-Gage, saiu dizendo que "estava diante de um cachorro! Eu me senti um estúpido!". E reclamou que as vendas de jogos eram quase
insignificantes.
Parece que todos erraram. A EA erra ao
querer o retorno imediato de seus investimentos e ao tratar um novo investidor
no mercado de games de maneira tão
chula. A Nokia errou no formato misto-quente do celular. Há problemas de design com o uso da bateria, e para trocar o
game é preciso tirar a bateria.
Mas o erro fundamental é o preço do
brinquedo: R$ 1.500 fora os títulos! Qual
é? Lá fora custa R$ 600 e vem com três jogos! A Nokia tem bala e tecnologia para
acertar o N-Gage. Tem de ter cérebro para popularizar a ótima plataforma. Games 3-D, celular, rádio e MP3 player. É
mais que um cinto de utilidades!
Colaborou Fabio Silva
@ - gameon@folha.com.br
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