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CRÍTICA
GOSTEI
DA REPORTAGEM LOCAL
Tyler, personagem de Robert Pattinson em
"Lembranças", assiste a
"American Pie" no cinema com
o melhor amigo, mas não acha a
menor graça das estripulias sexuais do clássico teen do começo da década.
Esse mau humor, misturado
a várias cervejas e cigarros, o
acompanha desde o suicídio do
irmão, que era um ídolo para o
rico rapaz de Nova York.
Por ironias do destino que só
Hollywood é capaz de prover,
Pattz se apaixona pela filha de
um policial que lhe deu uma
dura, igualmente traumatizada, pela morte da mãe.
É preciso ir disposto a encarar o monte de clichês de "Lembranças", que, afinal, é uma história romântica jovem.
No entanto, passado o desconforto com a atuação esforçada, porém ruim, de Pattinson, é uma boa história.
Abordar temas pesados como suicídio e relações familiares aos frangalhos em fitas para
adolescentes é tarefa ingrata.
"Lembranças" contorna isso
com cenas leves, principalmente quando mostra os momentos de paixão entre Tyler e Ally
(a Claire, de "Lost"), sempre filmados com uma luz quente, ao
contrário do resto do filme, cinza e azul.
O relacionamento com a irmã mais nova e com o amigo Aidan também são bons.
Se "Lembranças" não surpreende, consegue chocar e levar às lágrimas as fãs de Pattz
-o final é muito pesado para
um filme de amor, mas é conduzido com cuidado e beleza.
(IURI DE CASTRO TÔRRES)
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