São Paulo, segunda-feira, 08 de agosto de 2005

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FICÇÃO

Leia o terceiro capítulo da "fanfic" sobre a série Harry Potter

Revelação

HANA TARAGONA

"Rápido, Hermione!!", Lupin falou, com um tom apressado e nervoso. "Precisamos terminar logo com isso, antes que o nosso tempo acabe!" "Mas eu ainda tenho dúvidas, professor!

Não podemos arriscar, se errarmos a poção estaremos colocando em risco a vida de todos eles lá dentro!!"
Lupin suspirou, sentindo-se mais cansado do que nunca, e caiu sentado em uma grande cadeira ao lado dos cinco caldeirões ferventes nos quais Hermione estava trabalhando.
"Sim, sim, você tem razão."
A garota, após diminuir um pouco o fogo que cozinhava o conteúdo dos caldeirões, ajoelhou-se diante do professor e colocou a mão direita em seu ombro. Lupin tentou esboçar um sorriso.
Com muita dificuldade, ele levantou-se da cadeira, lançando à Mione um olhar decidido.
"Vou buscar Snape, ele saberá o que fazer."
Saiu então percorrendo corredores e mais corredores de pedra até ir parar na sala onde Snape disse que estaria, mas encontrou-a vazia.
Num canto, uma lareira crepitava com um fogo verde muito forte, enquanto no outro havia uma grande mesa de madeira coberta por instrumentos de prata, onde Edwiges descansava em sua gaiola. A professora entrou devagar, mirando a lareira com uma certa desconfiança.
Foi nesse instante que ele viu e, no momento em que viu, soube.
A dor forte da revelação causou-lhe um apertou no peito, mas, ainda assim, ele conseguiu reunir forças para manter-se de pé.
Rapidamente, pegou um pedaço de pergaminho em branco e, com as mãos trêmulas e o rosto tão pálido quanto a lua quase cheia que aparecia pela janela entreaberta, escreveu duas palavras apenas, amarrando o pergaminho em Edwiges logo em seguida.
"Leve para Dumbledore, está bem?"
Assim que a coruja alçou vôo, Lupin despencou no chão.
Não podia acreditar como conseguira ser tão cego a ponto de não perceber nada, como pudera ser burro a ponto de depositar sua confiança em algo tão instável. Alguém tão instável. Depois de tudo o que fizeram por ele...
"Todo mundo!" ele sussurrou para si mesmo com raiva. "Conseguiu enganar todo mundo..."
Enquanto isso, as duas palavras sobrevoaram os destroços do que havia sido a residência da família Black, indo parar nas mãos de seu destinatário, que examinava os arredores da ex-mansão, à procura de pistas.
Os olhos azuis de Dumbledore brilharam por trás dos óculos de meia-lua com uma tristeza indescritível quando leu o conteúdo do pergaminho amassado. Com a decepção aparente em sua voz, repetiu baixinho o que acabara de ler para os aurores que o acompanhavam.
"Foi Snape."

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