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São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

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TEATRO

Parlapatões fazem espetáculos em oito locais públicos

Palhaços invadem as ruas de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A Idade Média deve ter sido um tempo bastante difícil para viver. Foi uma época dominada por guerras, por epidemias, por concentração gigantesca das posses e por muito abuso de poder. Mas nem tudo são horrores. Também é desse tempo o surgimento do teatro de rua, que o grupo Parlapatões vai reviver de 9 a 17 de setembro, numa mostra que integra o Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo. Serão 11 apresentações em áreas públicas da cidade, escolhidas por afetividade e, claro, pelo número de transeuntes.
Para a mostra, foram escolhidas as peças "Nada de Novo", composta de quadros cômicos, em estilo de cabaré; "Mix Parlapatões", que junta números circenses e cômicos dos 12 anos de atuação do grupo e também alguns inéditos; e "U Fabuliô", que, segundo Hugo Possolo, diretor e ator do grupo, vai ser o carro-chefe da mostra. É uma adaptação de contos pornográficos da Europa medieval para o Nordeste brasileiro de hoje.
Apesar disso, não é nada exclusivo para maiores de 18 anos. "Uma das nossas intenções é mostrar que não é preciso dividir um espetáculo por faixa etária. Agradamos a todos, dos mais velhos às crianças", conta Possolo.
O grupo de atores, que também podem ser chamados de palhaços sem nenhum demérito, tem um humor rasgado e não faz rodeios para chegar à piada. Por isso, acredita Possolo, o jovem deve ser o primeiro a ser conquistado pelos atores sem palco. "Eu acho que a linguagem do grupo, por buscar muito a comunicação da platéia, incentiva a participação com a jovem, que é quem deve se sentir mais representado pelo nosso trabalho", explica.
(RICARDO LISBÔA)


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