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TEATRO
Parlapatões fazem espetáculos em oito locais públicos
Palhaços invadem as ruas de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A Idade Média deve ter sido um
tempo bastante difícil para viver. Foi uma época dominada
por guerras, por epidemias, por
concentração gigantesca das posses e por muito abuso de poder.
Mas nem tudo são horrores.
Também é desse tempo o surgimento do teatro de rua, que o
grupo Parlapatões vai reviver de 9
a 17 de setembro, numa mostra
que integra o Programa de Fomento ao Teatro da Cidade de
São Paulo. Serão 11 apresentações
em áreas públicas da cidade, escolhidas por afetividade e, claro,
pelo número de transeuntes.
Para a mostra, foram escolhidas as peças "Nada de Novo",
composta de quadros cômicos,
em estilo de cabaré; "Mix Parlapatões", que junta números circenses e cômicos dos 12 anos de
atuação do grupo e também alguns inéditos; e "U Fabuliô", que,
segundo Hugo Possolo, diretor e
ator do grupo, vai ser o carro-chefe da mostra. É uma adaptação de contos pornográficos da
Europa medieval para o Nordeste
brasileiro de hoje.
Apesar disso, não é nada exclusivo para maiores de 18 anos.
"Uma das nossas intenções é
mostrar que não é preciso dividir
um espetáculo por faixa etária.
Agradamos a todos, dos mais velhos às crianças", conta Possolo.
O grupo de atores, que também
podem ser chamados de palhaços sem nenhum demérito, tem
um humor rasgado e não faz rodeios para chegar à piada. Por isso, acredita Possolo, o jovem deve ser o primeiro a ser conquistado pelos atores sem palco. "Eu
acho que a linguagem do grupo,
por buscar muito a comunicação
da platéia, incentiva a participação com a jovem, que é quem deve se sentir mais representado
pelo nosso trabalho", explica.
(RICARDO LISBÔA)
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