UOL


São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

Texto Anterior | Índice

BALÃO

A liga dos espectadores pouco extraordinários

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Dizem que fazer história em quadrinhos é uma profissão solitária, onde você é o diretor, produtor, roteirista, ator, sonoplasta e iluminador de seu próprio filme. O cinema não é.
Pois "A Liga dos Senhores Extraordinários", adaptação da excêntrica HQ do não menos excêntrico Alan Moore, estréia nesta sexta-feira e, prepare-se, vai ser alvo da ladainha de sempre.
"Não gostei. Não foi fiel ao quadrinho", "Esse personagem nem existe na história original", "Alan Moore não fez assim", "Moore não faria assado"...
Bem-vindos à realidade: Hollywood não é uma prancheta de desenho ou uma escrivaninha metida na distante Northampton, na Inglaterra, onde o bruxo de "Watchmen", de "V de Vingança" e de "Monstro do Pântano" esconde-se.
Orçado em quase US$ 80 milhões e dirigido por Stephen "Blade" Norrington, "A Liga...", que já foi definido pelo próprio Moore como "algo bacana feito para o mainstream", reúne todos os elementos de uma boa história de aventura: ação, porrada e Sean Connery.
A julgar pelo mau desempenho lá fora, a história de super-heróis extraídos dos clássicos da literatura internacional, de Capitão Nemo a Oscar Wilde, de Alan Quatermain a Homem Invisível, pecou em pelo menos um aspecto: exagerou na dose de inteligência.


@ - balao@folha.com.br


Texto Anterior: Educação: Jovens de Salvador param a cidade com protestos
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.