DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil é um dos 12 países do mundo que apresentam a chamada megadiversidade -juntos, eles abrigam 70% da biodiversidade do planeta-, mas 398 espécies de animais terrestres estão em risco de extinção no país. As queimadas de mata nativa continuam sem controle e com tendência de aumento. A taxa de desflorestamento da Amazônia também não tem mostrado declínio.
Esses dados, divulgados pelo IBGE na semana passada, dentro do relatório "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2004", são alarmantes. Ainda bem que muitos jovens se preocupam com eles, como os participantes da Rejuma (Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade), criada no ano passado.
A rede é formada por cerca de cem jovens, representantes de ONGs que trabalham com educação ambiental em todos os cantos do país. Segundo duas participantes, Isis Lima Soares,17, e Mariana Manfredi, 17, o importante é entender que fazer um projeto de educação ambiental não é só implantar cestos coloridos de coleta seletiva. "Muitas vezes, a escola separa o lixo e a prefeitura mistura tudo na coleta", diz Isis. Mas existem várias e pequenas coisas que todos podem fazer para transformar e melhorar a sua própria realidade.
Os jovens da Rejuma participaram na semana passada do seu segundo encontro, em Luziânia (GO). "O nosso objetivo é conseguir partilhar as informações, para que o pessoal do Acre saiba o que está acontecendo em São Paulo, por exemplo", disse Isis.
"Estamos procurando estabelecer uma agenda comum, respeitando as diversidades. Também queremos fazer com que a rede fique mais democrática, para que mesmo quem não tenha internet possa participar", afirmou Mariana.
O encontro da Rejuma foi realizado dentro do 5º Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, que distribuiu material de divulgação com papel reciclado e copos de plástico duro reaproveitáveis aos participantes. (ALESSANDRA KORMANN)


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