|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
LIVRO
Nova edição do Guinness chega com um montão de recordes bizarros
acredite se quiser
LUCIANA ARAUJO
DA REDAÇÃO
Cinqüenta anos de existência está longe de ser um recorde. Tampouco
288 é um número surpreendente de
páginas. Mas seja qual for o período ou a
quantidade de papel gasta, no quesito reunião de esquisitices nenhuma publicação
bate o "Livro dos Recordes", que chega a
seu jubileu de ouro com edição comemorativa no Brasil, onde não era publicado há
sete anos.
O "Guinness World Records - 2005"
(Ediouro, R$ 74,90) -como não poderia
deixar de ser- está recheado de coisas bizarras, servindo
como um guia de respostas a perguntas
inúteis, daquelas que são lançadas ao acaso,
e a outras que nem se imaginava elaborar,
como: quais são os mais rápidos caracol e
escultor de abóboras do mundo? Pois estão
lá, façanhas e donos registrados. Os mais
estranhos têm direito à fotografia -que é
para ninguém ter dúvida de que são reais.
E foi por conta de uma dessas dúvidas
"atrozes" que tudo começou. Num dia de
1951, o diretor da cervejaria Guinness,
Hugh Beaver, saiu para caçar e iniciou uma
discussão sobre qual seria a ave de caça
mais rápida da Europa. Inquieto e sem
achar a resposta, sugeriu aos irmãos Norries e Ross McWhirter a elaboração de um
guia que respondesse àquelas questões
-que pelo jeito eram de muitos.
Em agosto de 1955, ano de lançamento do
primeiro Guinness, o livro já se tornou um
best-seller no Reino Unido. Marco que se
estendeu para outros países. Desde sua primeira edição, vendeu mais de 100 milhões
de exemplares e foi traduzido para 37 idiomas, atrás apenas da Bíblia e do Corão.
Nessa edição especial, além dos recordes,
há entrevistas com personalidades, como o
dono da Microsoft, Bill Gates (o mais rico
do mundo), e com pessoas (in)comuns
-as verdadeiras estrelas da publicação- ,
que respondem às perguntas que sempre
são feitas diante do absurdo. Por exemplo:
"Como faz para ir ao banheiro?" "Tomo
muito cuidado... e não tenho hemorróidas", responde a americana Lee Redmond,
que tem unhas de 7,51 m.
No entanto, nem só de recordes malucos
são preenchidas as páginas do Guinness: o
Japão é o país onde mais se lê quadrinhos; a
Mega Cam é a câmera digital com maior resolução; o Brasil tem o maior Carnaval de
rua; a França registra o primeiro transplante de mão etc. De qualquer forma, as perguntas permanecem e o registro ali não assegura o recorde, mas ao contrário, estimula sua quebra e, conseqüentemente, a próxima edição, ano a ano.
Texto Anterior: Notas: Festival de cultura pop Próximo Texto: Esporte: Surfe com a cabeça no lugar Índice
|