São Paulo, segunda-feira, 08 de novembro de 2004

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LIVRO

Nova edição do Guinness chega com um montão de recordes bizarros

acredite se quiser

LUCIANA ARAUJO
DA REDAÇÃO

Cinqüenta anos de existência está longe de ser um recorde. Tampouco 288 é um número surpreendente de páginas. Mas seja qual for o período ou a quantidade de papel gasta, no quesito reunião de esquisitices nenhuma publicação bate o "Livro dos Recordes", que chega a seu jubileu de ouro com edição comemorativa no Brasil, onde não era publicado há sete anos.
O "Guinness World Records - 2005" (Ediouro, R$ 74,90) -como não poderia deixar de ser- está recheado de coisas bizarras, servindo como um guia de respostas a perguntas inúteis, daquelas que são lançadas ao acaso, e a outras que nem se imaginava elaborar, como: quais são os mais rápidos caracol e escultor de abóboras do mundo? Pois estão lá, façanhas e donos registrados. Os mais estranhos têm direito à fotografia -que é para ninguém ter dúvida de que são reais.
E foi por conta de uma dessas dúvidas "atrozes" que tudo começou. Num dia de 1951, o diretor da cervejaria Guinness, Hugh Beaver, saiu para caçar e iniciou uma discussão sobre qual seria a ave de caça mais rápida da Europa. Inquieto e sem achar a resposta, sugeriu aos irmãos Norries e Ross McWhirter a elaboração de um guia que respondesse àquelas questões -que pelo jeito eram de muitos.
Em agosto de 1955, ano de lançamento do primeiro Guinness, o livro já se tornou um best-seller no Reino Unido. Marco que se estendeu para outros países. Desde sua primeira edição, vendeu mais de 100 milhões de exemplares e foi traduzido para 37 idiomas, atrás apenas da Bíblia e do Corão.
Nessa edição especial, além dos recordes, há entrevistas com personalidades, como o dono da Microsoft, Bill Gates (o mais rico do mundo), e com pessoas (in)comuns -as verdadeiras estrelas da publicação- , que respondem às perguntas que sempre são feitas diante do absurdo. Por exemplo: "Como faz para ir ao banheiro?" "Tomo muito cuidado... e não tenho hemorróidas", responde a americana Lee Redmond, que tem unhas de 7,51 m.
No entanto, nem só de recordes malucos são preenchidas as páginas do Guinness: o Japão é o país onde mais se lê quadrinhos; a Mega Cam é a câmera digital com maior resolução; o Brasil tem o maior Carnaval de rua; a França registra o primeiro transplante de mão etc. De qualquer forma, as perguntas permanecem e o registro ali não assegura o recorde, mas ao contrário, estimula sua quebra e, conseqüentemente, a próxima edição, ano a ano.


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