São Paulo, segunda-feira, 08 de novembro de 2004

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02 neurônio

Nós cansamos de 2004!

JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO

Faltam menos de dois meses para o final do ano. Mas, psicologicamente, o ano já acabou. Acabamos de decretar que já estamos em 2005. Ou em algum espaço temporal indefinido, tipo um limbo, pois já enjoamos de 2004. Foi bom enquanto durou (e mesmo assim nem tanto). Mas já deu o que tinha que dar.
Até lá, não temos a menor esperança de que algo palpitante aconteça -um novo amor, uma raspadinha premiada ou uma notícia bombástica (na verdade, já recebemos uma, a de que o Bush foi reeleito dono do mundo).
O que podemos esperar de 2004? Que ele acabe. Foi um ano arrastado, entediante e esquisito pra caramba. Sim, tivemos bons momentos e o que aconteceu de incrível ficará guardado junto com as nossas mais doces memórias. Mas ocupará pouco espaço no nosso HD emocional. A não ser o nascimento do bebê da Raq, é claro. Um acontecimento importante que, além de tudo, tornou Nina e Jô tias!
Mas, fora o nosso sobrinho, pouca coisa aconteceu. Esse foi o ano em que ficamos viciadas no Orkut e gastamos horas e horas falando coisas em código, estilo, "ele é bi curious e está lá que friends visit often". Tem algo mais entediante uma coisa dessas ter que constar na nossa retrospectiva do ano?
Por isso queremos comprar logo uma agenda nova -um vício de mulherzinha que também serve como rito de passagem- e olhar em frente. E imaginar pessoas ótimas, viagens, verões inesquecíveis e descobertas absurdas. Mesmo que sejam simples descobertas. Como uma nova banda para amar. Ou algo que sacuda realmente conosco. Uma emoção, tipo essas das canções do Roberto. Algo que não seja o novo iPod.

02neuronio@uol.com.br


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