|
Texto Anterior | Índice
02 neurônio
Nós cansamos de 2004!
JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO
Faltam menos de dois meses para o final
do ano. Mas, psicologicamente, o ano
já acabou. Acabamos de decretar que já
estamos em 2005. Ou em algum espaço
temporal indefinido, tipo um limbo,
pois já enjoamos de 2004. Foi bom enquanto durou (e mesmo assim nem tanto). Mas já deu o que
tinha que dar.
Até lá, não temos a menor esperança de que algo
palpitante aconteça -um novo amor, uma raspadinha premiada ou uma notícia bombástica (na
verdade, já recebemos uma, a de que o Bush foi
reeleito dono do mundo).
O que podemos esperar de 2004? Que ele acabe.
Foi um ano arrastado, entediante e esquisito pra
caramba. Sim, tivemos bons momentos e o que
aconteceu de incrível ficará guardado junto com as
nossas mais doces memórias. Mas ocupará pouco
espaço no nosso HD emocional. A não ser o nascimento do bebê da Raq, é claro. Um acontecimento
importante que, além de tudo, tornou Nina e Jô
tias!
Mas, fora o nosso sobrinho, pouca coisa aconteceu. Esse foi o ano em que ficamos viciadas no Orkut e gastamos horas e horas falando coisas em código, estilo, "ele é bi curious e está lá que friends visit often". Tem algo mais entediante uma coisa
dessas ter que constar na nossa retrospectiva do
ano?
Por isso queremos comprar logo uma agenda
nova -um vício de mulherzinha que também serve como rito de passagem- e olhar em frente. E
imaginar pessoas ótimas, viagens, verões inesquecíveis e descobertas absurdas. Mesmo que sejam
simples descobertas. Como uma nova banda para
amar. Ou algo que sacuda realmente conosco.
Uma emoção, tipo essas das canções do Roberto.
Algo que não seja o novo iPod.
02neuronio@uol.com.br
Texto Anterior: Esporte: Surfe com a cabeça no lugar Índice
|